22 de abr 2025
Conferência COP30 destaca a urgência de integrar big techs nas soluções energéticas climáticas
COP30 em Belém abordará a inclusão das big techs nas negociações climáticas, visando soluções energéticas sustentáveis e redução de emissões.
Ana Toni, diretora executiva da COP30 (Conferência das Partes), em evento sobre mudanças climáticas (Foto: Beatriz Orle/Agência O Globo)
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COP30 em Belém terá debate sobre impacto energético da inteligência artificial
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá em Belém, no Pará, em novembro de 2025, deve incluir discussões sobre o crescente consumo de energia das big techs e a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A proposta é integrar o tema “energia” à agenda da UNFCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas).
A iniciativa partiu da economista Ana Toni, diretora da COP30, que defende a inclusão das empresas de tecnologia nas negociações. O objetivo é encontrar soluções para sustentar a demanda energética dos supercomputadores da inteligência artificial (IA) e, simultaneamente, diminuir a emissão de gases nocivos.
Setor de energia é o maior emissor global
Mais de 70% das emissões globais são provenientes do setor de energia, o que torna o tema central para o cumprimento das metas do Acordo de Paris. Apesar dos avanços em energias renováveis, a demanda global continua a crescer, com os países ainda investindo em combustíveis fósseis.
Com o avanço da IA, a demanda por energia aumenta exponencialmente. Empresas de tecnologia, especialmente aquelas com operações na China e nos Estados Unidos, consideram transferir seus centros de processamento de dados para países como o Brasil, que possuem uma matriz energética mais limpa.
Brasil como solução em energias renováveis
O Brasil possui um potencial significativo em energias renováveis e biocombustíveis, o que o coloca em uma posição estratégica para atrair investimentos e se tornar um provedor de soluções climáticas. A energia elétrica brasileira é composta por mais de 90% de fontes renováveis, um índice considerado um “sonho de consumo” pela maioria dos países.
No entanto, o consumo de combustíveis renováveis no Brasil ainda é de cerca de 47%. Para alcançar um desempenho melhor na COP30 e se consolidar como um fornecedor de soluções climáticas, é necessário escalar as soluções na área de biocombustíveis.
Segurança energética e novas frentes
Um dos principais desafios para a transição energética é a segurança energética. A energia solar, por exemplo, requer sistemas de armazenamento, como baterias, para garantir o fornecimento contínuo. Novas frentes de expansão incluem o uso de biometano, hidrogênio verde e SAF (combustível de aviação sustentável).
A inclusão dos povos indígenas e quilombolas nas negociações climáticas também é uma prioridade, com a criação do Círculo dos Povos, liderado pela ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. A experiência e o conhecimento desses povos são considerados valiosos para o desenvolvimento de soluções sustentáveis.
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