11 de abr 2025
COP30 em Belém enfrenta desafios climáticos e geopolíticos em busca de soluções financeiras
COP30 no Brasil enfrenta desafios climáticos e geopolíticos, com foco em financiamento e adaptação. Expectativas são altas para resultados concretos.
Rio Negro: destravar cooperações é tarefa da COP (Foto: Michael Dantas)
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A COP30, a primeira conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas realizada no Brasil, ocorre em um contexto de desconfiança nos acordos multilaterais e desafios climáticos, como o aumento de 1,5ºC na temperatura global. O evento, que acontece em Belém, enfrenta a complexidade da crise de confiança, acentuada pela saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e pela necessidade urgente de ampliar o financiamento climático, que deve chegar a US$ 1,3 trilhão por ano até 2035.
A presidência da COP30 está elaborando um relatório em conjunto com a COP29 para apresentar estratégias que possibilitem alcançar esse financiamento. Além disso, será coordenado um relatório sobre as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que avalia o alinhamento dos compromissos dos países ao objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5ºC. Atualmente, a implementação das NDCs resultaria em uma redução de apenas 2,6% nas emissões de gases de efeito estufa até 2030, muito abaixo da meta de 43%.
A diplomacia brasileira também busca avançar na adaptação climática, com a entrega dos Planos Nacionais de Adaptação (NAPs) pelos países participantes. O Brasil está desenvolvendo um Plano Clima que inclui diretrizes para diversas áreas, como energia e agricultura. Especialistas destacam a importância de resultados concretos nessa área durante a conferência, que deve integrar a adaptação nas decisões políticas e econômicas.
Por fim, a questão do lobby dos combustíveis fósseis é uma preocupação crescente, com mais de 260 organizações e cientistas solicitando mecanismos para evitar conflitos de interesse nas negociações. A presença de lobistas do setor na última COP gerou protestos, evidenciando a necessidade de regras mais rigorosas para garantir a integridade das discussões climáticas.
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