Agricultores brasileiros preservam biomas nativos com a produção de soja sustentável

A preservação ambiental no Brasil, garantida pelo Código Florestal, impacta diretamente o preço da soja. Compradores internacionais, como os da China, contribuem indiretamente para a conservação dos biomas brasileiros ao arcar com os custos de preservação embutidos no valor do produto.

O Código Florestal, aprovado em dois mil e doze, exige que agricultores mantenham áreas de vegetação nativa em suas propriedades. Essas áreas incluem as Áreas de Preservação Permanente (APPs), que são zonas ao redor de rios e nascentes, e a Reserva Legal, que varia de 20% a 80% da propriedade, dependendo da região. Por exemplo, um agricultor na Amazônia deve preservar 80% de sua terra.

Os custos de manutenção dessas áreas, que incluem proteção contra incêndios e desmatamento, são incorporados ao preço da soja. Assim, cada tonelada de soja comprada no exterior representa um investimento na preservação dos biomas nativos do Brasil. A maioria dos agricultores cumpre a legislação, embora haja aqueles que não o façam ou que desejem mudanças na lei.

O governo brasileiro possui dados georeferenciados que facilitam a verificação do cumprimento da lei. A sobreposição de imagens de satélite pode identificar áreas preservadas. O fortalecimento do Código Florestal e seu cumprimento rigoroso são essenciais para combater o desmatamento ilegal em terras privadas.

Além disso, a preservação dos biomas é crucial para a sustentabilidade da agricultura, pois esses ecossistemas garantem serviços ambientais, como a regulação das chuvas. Portanto, compradores de soja brasileira não apenas adquirem um produto, mas também contribuem para a conservação ambiental.