09 de fev 2025
Agrotóxicos: necessidade e responsabilidade na agricultura brasileira
Ambientalistas criticam o "PL do Veneno", que facilitou a liberação de defensivos. Em 2023, foram aprovados 663 defensivos, aumento de 19% em relação a 2022. Ibama aponta falta de regulamentação para aplicação das novas regras. Ministério da Agricultura prioriza produtos de baixo risco e decisões judiciais. Debate entre ruralistas e ambientalistas afeta consumidor, que busca informações seguras.
Aeronave despeja defensivos agrícolas em plantação de soja (Foto: Agência Brasil)
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Ambientalistas estão contestando as novas regras que facilitaram a aprovação de defensivos agrícolas, estabelecidas no Projeto de Lei sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2023, conhecido como “PL do Veneno”. A legislação, que reduziu exigências, resultou na liberação de 663 novos produtos no último ano, um aumento de 19% em relação a 2023. A maioria desses produtos são genéricos, incluindo 106 defensivos biológicos, considerados de baixo risco.
Os vetos impostos por Lula garantem que a Anvisa e o Ibama tenham o mesmo poder de veto que o Ministério da Agricultura na liberação de defensivos. Contudo, o Ibama aponta que ainda falta regulamentação para a aplicação efetiva da lei. O Ministério da Agricultura defende que priorizou produtos de baixo risco e que uma parte significativa das liberações foi resultado de decisões judiciais. Durante o governo anterior, foram aprovados 2.182 agrotóxicos, a maior quantidade desde 2003.
A utilização indiscriminada de agrotóxicos é uma preocupação, e é fundamental que informações claras sejam fornecidas a produtores e consumidores sobre os produtos utilizados. Apesar da necessidade de defensivos agrícolas para garantir a proteção das plantações, é essencial que haja uma prescrição adequada de dosagem e periodicidade de uso, além da consideração de agentes naturais que combatem pragas.
O governo deve alertar a população sobre os riscos associados ao uso de defensivos, buscando um equilíbrio entre a produtividade agrícola e a saúde pública. O Brasil, como um dos maiores exportadores de grãos e carnes, enfrenta forte concorrência no mercado externo, o que exige um uso responsável de fertilizantes e tecnologias para garantir a segurança alimentar e controlar a inflação.
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