Lula enfrenta crise com escândalos de corrupção e pressão política em semana conturbada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta três grandes crises em uma semana que deveria ser tranquila. O escândalo no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pode envolver até R$ 8 bilhões. Além disso, o deputado Pedro Lucas, do União Brasil, criticou o Ministério das Comunicações, e o chanceler Mauro Vieira foi convocado pela Comissão de Relações Exteriores para explicar o asilo da ex-primeira-dama do Peru.

O escândalo do INSS é particularmente sensível, pois afeta aposentados e pensionistas. Os desvios, que começaram em 2019, durante o governo anterior, se intensificaram em 2023. O ministro da Previdência, Carlos Lupi, já foi alertado sobre a gravidade da situação, mas não tomou medidas eficazes. Como resultado, Lula demitiu o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e enfrenta pressão para afastar Lupi.

A crise nas Comunicações também reflete a fragilidade do governo. O União Brasil, que se formou da fusão de partidos que apoiaram Bolsonaro, agora se torna uma força significativa no Congresso. O partido já indicou três ministros para a pasta, mostrando sua influência sobre o governo de Lula.

Por fim, a convocação de Mauro Vieira levanta questões sobre o asilo de Nadine Heredia, condenada por corrupção relacionada à Odebrecht. A Comissão de Relações Exteriores, sob a influência de Eduardo Bolsonaro, busca esclarecer a situação, o que pode complicar ainda mais a posição de Lula. A situação política continua tensa, com a oposição ameaçando obstruir a tramitação de propostas do governo.