27 de abr 2025
Governo paulista planeja remoção gradual de famílias da favela do Moinho em São Paulo
Governador de São Paulo propõe remoção gradual da favela do Moinho, mas enfrenta resistência da comunidade e exigências do governo federal.
Imagem aérea da favela do Moinho, no centro de São Paulo (SP) (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress)
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A favela do Moinho, localizada na região central de São Paulo, abriga cerca de oitocentas famílias em condições precárias. O local, que enfrenta problemas de infraestrutura e segurança, é marcado por disputas de posse ao longo de trinta anos. Recentemente, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou um plano de remoção gradual dos moradores, oferecendo apoio financeiro e indenizações.
O plano prevê a desocupação do Moinho para unidades habitacionais já existentes e outras a serem construídas. O governo paulista afirma que quase 90% da comunidade apoia a proposta. Algumas famílias já iniciaram a mudança, mas muitas expressam desconfiança, temendo a presença da Polícia Militar e possíveis despejos. Há receios de que sejam forçadas a aceitar imóveis em áreas distantes e com valores superiores à sua capacidade financeira.
Resistência da Comunidade
Representantes da gestão estadual negam as alegações de pressão e afirmam que a motivação do governo não é a valorização imobiliária na área, onde está previsto um novo centro administrativo. O governador Tarcísio também busca apoio do governo federal, já que a favela ocupa um terreno da União. A intenção é obter a cessão do espaço para a construção de um parque e uma estação de trem.
O governo federal, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condiciona seu apoio a garantias de que o reassentamento será feito com a vontade dos moradores. Além disso, exige detalhes sobre o endereço e o prazo de entrega das novas unidades habitacionais. A situação no Moinho exige colaboração entre os três níveis de governo para garantir os direitos dos moradores e a utilização adequada dos recursos públicos.
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