28 de abr 2025
Executivos brasileiros reconhecem influência dos EUA na sustentabilidade corporativa
Executivos brasileiros reconhecem a influência da política dos EUA na sustentabilidade, mas poucos planejam mudanças em suas metas.
Imagem do jardim da Casa Branca; maioria dos empresários brasileiros diz que política americana influencia agenda de sustentabilidade (Foto: Reprodução/NPS/Kelsey Graczyk)
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A influência da política americana na sustentabilidade das empresas brasileiras foi destacada em pesquisa da Câmara Americana de Comércio (Amcham), divulgada nesta segunda-feira em São Paulo. Cerca de 89% dos executivos brasileiros reconhecem essa influência, mas apenas 37% planejam alterar suas metas de sustentabilidade. O estudo aponta que a agenda sustentável é cada vez mais impulsionada por investidores e consumidores.
O relatório, que não menciona diretamente o ex-presidente Donald Trump, revela que, sob sua administração, os Estados Unidos revisaram práticas de diversidade e sustentabilidade, levando algumas empresas a recuar em suas políticas. Gigantes como McDonald's e Walmart foram citadas como exemplos de retrocesso em programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI).
A pesquisa, realizada desde 2023, entrevistou 401 empresários de empresas que empregam 505 mil pessoas e têm faturamento total de R$ 2,9 trilhões. O novo estudo, intitulado “Panorama da Sustentabilidade Corporativa”, foca exclusivamente em dados ambientais. O presidente da Amcham Brasil, Abrão Neto, destacou que as demandas por sustentabilidade mudam frequentemente e que o cenário internacional impacta o ritmo dos avanços.
Avanços e Desafios
Apesar do reconhecimento da influência dos EUA, o estudo indica um avanço nas práticas sustentáveis. Em 2025, 76% das empresas afirmaram adotar práticas sustentáveis com algum grau de maturidade, um aumento de cinco pontos percentuais em relação ao ano anterior. Além disso, 72% dos entrevistados consideram a sustentabilidade parte de sua estratégia de negócios, um crescimento significativo em comparação a anos anteriores.
Os principais obstáculos para a implementação da sustentabilidade incluem a dificuldade em demonstrar o retorno financeiro dessas iniciativas, citada por 58% dos executivos, seguida pela necessidade de engajamento da liderança (54%) e integração ao modelo de negócios (44%). O estudo sugere também medidas governamentais, como ampliação de incentivos fiscais e apoio a tecnologias limpas, para acelerar a agenda sustentável.
Empresas com práticas ESG mais maduras relatam impactos positivos na sociedade e no meio ambiente, além de melhorias na reputação e acesso a novos mercados. Em contrapartida, empresas em estágio inicial apresentam índices significativamente menores.
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