Hugo Motta critica interferência do Judiciário e defende reforma administrativa e controle de gastos

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou a atuação do Judiciário em assuntos legislativos durante um evento do Esfera Brasil, realizado em São Paulo. Motta afirmou que o Judiciário está “se metendo em praticamente tudo”, o que gera insegurança jurídica e prejudica investimentos.

O comentário de Motta ocorreu após receber um ofício do ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), informando que a Câmara não poderia suspender o processo contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), acusado de tentativa de golpe. O presidente da Câmara expressou sua insatisfação e indicou o desejo de dialogar com o magistrado.

Durante o evento, Motta também defendeu a necessidade de enxugar a máquina pública e implementar uma reforma administrativa. Ele destacou que o crescimento econômico deve ser acompanhado de um controle rigoroso de gastos. “Não dá para ter uma máquina pública hoje do tamanho que era 30 ou 40 anos atrás”, afirmou, citando fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) como exemplo de ineficiência.

O presidente da Câmara enfatizou a importância de um modelo de serviço público baseado em desempenho e metas. Para ele, é essencial medir a qualidade dos funcionários para garantir um Estado mais produtivo. Motta concluiu que a atuação reiterada do Judiciário em temas do Legislativo não é benéfica para o país e compromete a segurança jurídica necessária para os investimentos.