30 de abr 2025
Flávio Dino bloqueia 1.283 emendas parlamentares da saúde por falta de regularização
Ministro Flávio Dino bloqueia 1.283 emendas parlamentares da saúde por falta de contas regularizadas, exigindo comprovação do Ministério da Saúde.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento da Primeira Turma. (Foto: Rosinei Coutinho/STF)
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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), bloqueou nesta quarta-feira (30) a execução de 1.283 emendas parlamentares destinadas à saúde por falta de regularização das contas bancárias específicas. A decisão foi tomada após a Advocacia-Geral da União (AGU) informar que essas contas não atendem aos critérios de rastreabilidade dos recursos.
O desbloqueio das emendas ficará condicionado a um pedido específico do Ministério da Saúde, que deve comprovar a regularização das contas. Segundo a AGU, de um total de 7.322 propostas de emendas parlamentares, 6.040 já possuem contas correntes regularizadas. Dino ressaltou que a ausência de abertura ou regularização das contas não deixou alternativa a não ser o bloqueio.
Medidas de Transparência
Dino já havia determinado, em agosto de 2024, a abertura de contas específicas para cada emenda parlamentar destinada à saúde, visando aumentar a transparência. A medida foi reforçada em outras decisões, com o objetivo de garantir a rastreabilidade dos repasses. O ministro destacou que a flexibilidade nos prazos foi uma demonstração de ponderação, mas não é possível aguardar indefinidamente pelo cumprimento das obrigações por parte dos gestores públicos.
A exigência de contas específicas foi estendida às emendas parlamentares na área da saúde, conforme instrução normativa do Tribunal de Contas da União (TCU). Essa mudança pode aumentar a rastreabilidade dos repasses de 19,1% para 87% nos últimos seis anos.
Contexto e Consequências
Dino é relator de um processo no STF que investiga irregularidades e falta de transparência no uso de emendas parlamentares. Em decisões anteriores, ele já havia barrado o envio de verbas para obras que não seguissem critérios técnicos. A suspensão das emendas pode impactar o cumprimento do piso constitucional da saúde, conforme alertou a AGU.
O ministro também exigiu que as comissões de Saúde da Câmara dos Deputados e do Senado Federal indicassem os autores das emendas até 31 de março deste ano, uma informação que faltava e contribuiu para o bloqueio inicial. A execução das emendas só poderá ocorrer após a ratificação feita pelo Congresso.
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