Construções dentro da favela do Moinho, em São Paulo (Foto: Paula López Barba)

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Moradores da favela do Moinho protestam contra plano de remoção em São Paulo - Moradores da favela do Moinho protestam contra plano de remoção em São Paulo

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Moradores da favela do Moinho, em São Paulo, contestam plano de reassentamento do governo estadual. Em audiência na Assembleia Legislativa, realizada na segunda-feira (28), cerca de 300 pessoas expressaram suas preocupações sobre a remoção de aproximadamente 800 famílias para a construção de um parque e uma estação de trem.

Os moradores criticaram a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) por pressão para aceitar a mudança. A proposta do governo inclui financiamento subsidiado para novos apartamentos, mas muitos alegam que as condições são inviáveis. A maioria dos residentes vive com salários baixos ou em empregos informais, tornando difícil arcar com os custos.

Durante a audiência, os moradores pediram apartamentos imediatos na região central, uma solução conhecida como "chave a chave". Atualmente, a CDHU possui apenas cerca de cem unidades prontas nas proximidades, enquanto as construções em andamento podem levar até dois anos para serem concluídas. O auxílio-moradia de R$ 800,00 oferecido pelo governo é considerado insuficiente, já que os aluguéis na área central são muito mais altos.

A falta de propostas do governo federal para moradia acessível também foi um ponto destacado. A deputada estadual Mônica Seixas (PSOL) convocou a audiência e solicitou a participação do governo federal nas negociações. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação de São Paulo afirmou que está em diálogo com o governo federal sobre valores de crédito e auxílio-moradia.

O plano de reassentamento gerou controvérsias, especialmente pela falta de clareza sobre o destino das famílias. Organizações civis e especialistas em urbanismo questionam a abordagem do governo, que não garante alternativas viáveis para os moradores. A situação se agrava com a possibilidade de que algumas famílias fiquem sem casa, em um contexto onde mais de 50 mil pessoas já enfrentam essa realidade em São Paulo.

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