04 de mai 2025
Artista critica crise da habitação em Lisboa com tabuleiro de Banco Imobiliário
Artista critica crise da habitação em Lisboa com instalação removida pela prefeitura. Debate sobre moradia ganha força a poucos dias das eleições.
Foto: Reprodução
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LISBOA – A Praça Duque da Terceira, localizada no centro turístico de Lisboa, foi transformada em um tabuleiro gigante do jogo Banco Imobiliário pelo artista Bordalo II. A intervenção, chamada “Provoc”, foi realizada sem autorização e removida pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) na sexta-feira, dia 2 de maio, devido a danos à calçada portuguesa do local.
A obra criticava a crise da habitação em Portugal, especialmente em Lisboa, onde os custos de vida e a pressão sobre o mercado imobiliário têm aumentado. Bordalo II, conhecido por suas obras de grande escala e forte crítica social, utilizou casas representando ruas de diversas cidades portuguesas, com preços que variavam de € 6 mil a € 40 mil. Em suas redes sociais, o artista afirmou que “o direito à habitação é tipo jogo”, destacando a desigualdade no acesso à moradia.
A instalação cobria toda a praça no Cais do Sodré, uma das áreas centrais da capital. Entre as propriedades simuladas estavam o Campo Grande, a Avenida Almirante Reis e o Rossio, com valores que refletiam o preço do metro quadrado na cidade. A peça também incluía referências a “impostos de luxo” e outros aspectos do sistema imobiliário.
A CML classificou a intervenção como um “atentado ao patrimônio da cidade” e informou que reparações na calçada serão necessárias. Bordalo II já havia abordado a crise da habitação anteriormente, como em sua obra “Desalojamento Local”, que criticava a especulação imobiliária e o impacto do turismo nas moradias populares. A remoção da obra ocorre a poucos dias de uma nova eleição para o governo, marcada para o dia 18 de maio.
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