Política

Lula enfrenta desafios na demissão de ministros por irregularidades no governo atual

Lula demite ministros por irregularidades, refletindo mudanças na governabilidade e na abordagem ética do governo em comparação a gestões anteriores.

Lupi pediu demissão após escândalo no INSS e Juscelino só deixou o cargo após denúncia da PGR (Foto: Cristiano Mariz/Brenno Carvalho)

Lupi pediu demissão após escândalo no INSS e Juscelino só deixou o cargo após denúncia da PGR (Foto: Cristiano Mariz/Brenno Carvalho)

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu os ministros Carlos Lupi (Previdência) e Juscelino Filho (Comunicações) em um intervalo de um mês, ambos por indícios de irregularidades. As demissões refletem uma mudança na abordagem de Lula em relação a desgastes políticos, especialmente em um cenário de dificuldades para manter uma base sólida no Congresso.

Carlos Lupi pediu demissão após a Polícia Federal (PF) deflagrar uma operação que investiga fraudes em aposentadorias e pensões, totalizando R$ 6,3 bilhões. Embora Lupi não tenha sido alvo da operação, sua saída foi considerada necessária devido ao impacto eleitoral do escândalo. O novo ministro será Wolney Queiroz, atual “número dois” da pasta.

A demissão de Juscelino Filho ocorreu em abril, após denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre desvio de emendas parlamentares. O caso gerou uma operação da PF em setembro de 2023, e Juscelino foi indiciado em junho de 2024. O presidente havia estipulado que a saída do ministro só seria necessária em caso de denúncia formal da PGR.

Mudanças na Abordagem

Especialistas apontam que o padrão de desvio ético que leva a demissões no governo atual mudou. O cientista político Marco Antônio Teixeira destaca que a maior dificuldade em fidelizar uma base no Congresso tem limitado a agilidade nas mudanças. A relação com partidos como o União Brasil também influenciou a decisão de adiar a demissão de Juscelino.

Aliados de Lula afirmam que o presidente, que se sentiu alvo de perseguições na Lava Jato, tem sido mais cauteloso ao afastar aliados investigados. O atual governo já apresenta um número menor de trocas em comparação a gestões anteriores, como as de Lula e Dilma Rousseff, que enfrentaram crises semelhantes.

Contexto Histórico

Historicamente, Lula demitiu ministros por irregularidades em momentos críticos. No primeiro mandato, figuras como José Dirceu e Luiz Gushiken foram afastadas após serem implicadas em escândalos. A primeira demissão de Lula foi da ministra Benedita da Silva, em 2004, após uma viagem controversa. A gestão de Dilma também foi marcada por uma série de demissões em um esforço de “faxina ética”.

O cenário atual, com escândalos que remontam à gestão anterior de Jair Bolsonaro, exige uma resposta rápida do governo. A fraude no INSS, por exemplo, teve início em 2019, e a investigação atual reflete a autonomia dos órgãos de controle durante os governos petistas.

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