PT enfrenta dificuldades na oposição a Tarcísio, que mantém aprovação acima de 40%

Mais de dois anos após a posse de Tarcísio de Freitas (Republicanos), o PT ainda enfrenta dificuldades na oposição ao governo de São Paulo. O partido, sob a liderança de Antonio Donato, busca fortalecer sua atuação na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e nas redes sociais, mas enfrenta desafios significativos. Enquanto isso, Tarcísio mantém sua aprovação acima de 40%, tendo implementado promessas de campanha como a privatização da Sabesp e a criação de escolas cívico-militares.

O PT não consegue se destacar nas redes sociais, onde o PSOL se tornou o principal crítico do governador. Um levantamento da consultoria Bites indica que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) é o antagonista digital mais ativo, com quase sessenta publicações sobre Tarcísio, acumulando 868 mil interações. Antonio Donato articula uma maior coordenação entre os deputados petistas e busca criar uma frente política com outros partidos de esquerda.

Donato defende que o governo Tarcísio tem o apoio da maioria na Alesp, dificultando a atuação da oposição. Ele critica a concentração de projetos em privatizações e concessões, que foram autorizadas em gestões anteriores. Apesar das tentativas de oposição, a estratégia do PT ainda não se mostrou eficaz, e Tarcísio continua avançando com suas propostas.

A relação entre o PT e o governo é complexa, com críticas de bolsonaristas sobre o apoio do governador a emendas voluntárias para parlamentares petistas. Em 2022, R$ 57 milhões foram destinados a deputados do PT, enquanto o PL recebeu R$ 239 milhões. A oposição petista, embora reconheça suas limitações, afirma que tem denunciado e investigado ações do governo.

Para 2026, o PT considera essencial uma frente ampla em São Paulo para enfrentar Tarcísio. O deputado federal Jilmar Tatto destaca que o desempenho em São Paulo é crucial para a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele sugere que figuras como Márcio França e Fernando Haddad devem ser consideradas como possíveis candidatos, enfatizando a importância do Estado nas eleições nacionais.