Trump pode prorrogar prazo para venda do TikTok se acordo não for fechado

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que pode prorrogar o prazo de 19 de junho para a empresa chinesa ByteDance vender os ativos do TikTok nos EUA, caso não haja um acordo até essa data. Em entrevista ao programa "Meet the Press with Kristen Welker", da NBC News, Trump expressou seu desejo de que a transação seja concluída, afirmando: "Eu gostaria de ver isso feito."

O TikTok, que possui mais de 170 milhões de usuários americanos, enfrenta pressão para se desvincular de sua controladora chinesa devido a preocupações de segurança nacional. A legislação aprovada no ano passado exige que a ByteDance encontre um comprador não chinês ou enfrente a proibição de suas operações nos EUA. Trump já havia estendido o prazo anteriormente, citando a necessidade de mais tempo para garantir as aprovações necessárias.

Relação com Eleitores Jovens

Trump destacou que o TikTok tem um papel importante em sua estratégia eleitoral, especialmente entre os jovens. Ele afirmou ter encontrado um "ponto ideal" com o aplicativo, que o ajudou a conquistar esse público durante a campanha de 2024. O presidente também mencionou que o TikTok é "muito interessante", mas que será protegido.

As negociações para a venda do TikTok foram complicadas por tarifas elevadas impostas por Washington sobre produtos chineses, que chegaram a 145%. Trump indicou que a China não aprovou o acordo devido a essas tarifas, mas afirmou que está disposto a discutir uma eventual redução delas em um acordo mais amplo.

Desdobramentos e Implicações

A ByteDance, por sua vez, nega as alegações de que o TikTok representa uma ameaça à segurança nacional. A empresa busca resolver as preocupações sem a necessidade de uma venda. Apesar de um esforço multibilionário para garantir a supervisão das operações do TikTok, a confiança do governo americano permanece baixa.

A situação do TikTok continua incerta, com a possibilidade de novas prorrogações do prazo de venda. A pressão sobre a plataforma reflete as tensões mais amplas nas relações entre os EUA e a China, especialmente em um contexto de crescente rivalidade econômica e tecnológica.