06 de mai 2025
Columbia demite quase 180 pesquisadores após corte de US$ 400 milhões em financiamento federal
Cortes de US$ 400 milhões em financiamento federal levam Columbia a demitir quase 180 pesquisadores, intensificando a crise no campus.
Manifestantes protestam do lado de fora do campus principal da Universidade Columbia contra a prisão de Mahmoud Khalil, ativista pró-Palestina que foi estudante da instituição. (Foto: Kylie Cooper - 14.mar.25/Reuters)
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A Universidade Columbia anunciou, nesta terça-feira (6), a demissão de quase 180 pesquisadores devido ao cancelamento de US$ 400 milhões em subsídios pela administração do presidente Donald Trump. As demissões afetam 20% dos funcionários que trabalhavam em projetos financiados por esses contratos. A decisão foi tomada em meio a alegações de que a universidade não teria lidado adequadamente com o antissemitismo no campus durante os protestos contra a guerra na Faixa de Gaza.
Em uma carta aberta, a reitora interina de Columbia, Claire Shipman, e outros administradores afirmaram que a universidade enfrenta uma tensão financeira intensa. Eles mencionaram que as demissões são resultado de escolhas difíceis em relação à alocação de recursos financeiros. A universidade está buscando restaurar o financiamento, mas já anunciou que reduzirá gastos devido à incerteza orçamentária.
Os cortes de financiamento, que representam 8% do total que a universidade deve receber do governo federal nos próximos anos, foram motivados por ações da administração Trump, que ameaçou reter bilhões de dólares em resposta ao que considerou uma falta de ação contra o antissemitismo. Em março, o governo cancelou os subsídios, alegando que a instituição não controlou adequadamente as manifestações de apoio à Palestina.
Protestos e Reações
Columbia se destacou como um dos principais centros de protestos estudantis nos Estados Unidos, com manifestações contra a guerra na Faixa de Gaza. Estudantes montaram acampamentos no campus e realizaram ações que resultaram em várias prisões. A administração da universidade, sob pressão, implementou mudanças em seus processos disciplinares e contratou segurança adicional.
A reitora interina, Claire Shipman, havia declarado anteriormente que a universidade não cederia à pressão do governo federal para comprometer sua autonomia. Contudo, a instituição acabou atendendo a algumas exigências do governo, como a supervisão de cursos sobre o Oriente Médio e a definição de novas diretrizes sobre antissemitismo. A situação em Columbia reflete um clima de tensão nas universidades americanas, onde questões de liberdade de expressão e financiamento federal estão em debate.
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