06 de mai 2025
Movimento VOD12 critica secretário do MinC por falta de diálogo sobre streaming
Movimento VOD12 critica secretário do Ministério da Cultura por priorizar grandes plataformas em detrimento do audiovisual independente.
Ministra da Cultura, Margareth Menezes, e seu secretário-executivo, Marcio Tavares (Foto: Reprodução/Instagram)
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O Movimento VOD12, que representa o mercado independente do audiovisual brasileiro, denunciou o secretário-executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares, por evitar diálogo com entidades do setor. A acusação surge em meio a discussões sobre a regulamentação do streaming no Brasil.
Um membro do movimento, que preferiu não se identificar, afirmou que Tavares tem cancelado reuniões e priorizado os interesses de grandes plataformas de streaming. Apesar dos esforços da Secretaria do Audiovisual para promover o diálogo, o secretário não compareceu a uma reunião marcada para o dia dois de maio, que foi cancelada por sua ausência.
Tavares, ao ser questionado, minimizou as acusações, afirmando que a agenda não foi solicitada e que o dia era ponto facultativo. No entanto, e-mails obtidos pela Folha de S.Paulo mostram que o ministério havia solicitado a reunião para garantir a participação de sua assessoria.
Os membros do VOD12, que incluem cineastas, roteiristas e produtores, acreditam que Tavares está mais alinhado aos interesses das grandes empresas de tecnologia. Nos últimos meses, plataformas como Netflix e Amazon têm se aproximado do governo, participando de negociações sobre projetos que incluem reformas em salas de cinema e promoção do turismo.
As discussões sobre a regulamentação do streaming incluem a taxação das plataformas e a definição de cotas para produções nacionais. Um dos principais pontos de conflito é a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), que destina recursos ao Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Enquanto empresas estrangeiras defendem uma alíquota de três por cento ou isenção, os produtores independentes pleiteiam doze por cento, e o Ministério da Cultura propõe uma taxa de seis por cento. Atualmente, dois projetos de lei estão em tramitação no Congresso, um com alíquota de três por cento e outro de seis por cento.
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