Democratas pedem investigação sobre ordem de Trump que ameaça autonomia do Smithsonian

Um grupo de setenta e um deputados democratas solicitou uma investigação sobre uma ordem executiva do presidente Donald Trump, emitida em março, que determina a remoção de materiais considerados "divisivos" de museus federais. Os parlamentares afirmam que essa medida pode violar a legislação federal e comprometer a autonomia do Instituto Smithsonian.

Na carta, liderada pelos representantes Ayanna Pressley e Paul Tonko, os legisladores criticaram a Ordem Executiva 14253, que exige a retirada de exposições e conteúdos que promovam uma "ideologia centrada na raça". Eles argumentam que a ordem prejudica a independência do Smithsonian, que é responsável por apresentar uma narrativa precisa da história americana. Pressley afirmou que a política é uma tentativa deliberada de "silenciar o aprendizado crítico".

O Smithsonian, fundado em mil oitocentos e quarenta e seis, deve permanecer livre de interferências políticas. A carta alerta que vincular o financiamento a conformidade ideológica pode infringir as proteções legais que garantem sua independência. Tonko ressaltou que "não ganhamos nada ao eliminar a rica e diversa história da nossa nação".

Essa ordem executiva se insere em um contexto mais amplo de controvérsias legais e políticas relacionadas às tentativas da administração Trump de reverter iniciativas de diversidade e inclusão em todo o governo federal. Desde então, mais de duzentas ações judiciais foram movidas contra decisões sobre imigração, regulamentação ambiental e políticas de direitos civis. Recentemente, houve a remoção temporária de conteúdos sobre a história afro-americana de sites governamentais.