07 de mai 2025
Republicanos troca comando no Rio e bispo Luis Carlos Gomes assume diretório estadual
Mudança na liderança do Republicanos no Rio reflete pressão da Igreja Universal e pode impactar futuras candidaturas e alianças políticas.
Cunha (à esquerda, ao fundo) observa Waguinho (à direita) cumprimentar o presidente do Republicanos, Marcos Pereira: partido voltará ao comando da Universal no Rio (Foto: Reprodução)
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O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, decidiu trocar a liderança do diretório estadual do partido no Rio de Janeiro. A mudança ocorre em resposta a pressões da Igreja Universal e insatisfações internas. O bispo Luis Carlos Gomes assume o comando, substituindo o ex-prefeito Waguinho e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
A decisão de Pereira reflete atritos com o bispo Honorilton Gonçalves, atual responsável pela Universal no estado. Pereira, que também é bispo licenciado, já se reuniu com Gomes para discutir a nova gestão. Gomes havia liderado o partido até o início de 2023, quando Pereira buscou profissionalizar a gestão e distanciar o partido da igreja.
Os resultados eleitorais insatisfatórios em 2024 motivaram a Igreja Universal a solicitar a mudança. A representação da igreja na Câmara de Vereadores do Rio diminuiu, e membros da Universal sentiram-se marginalizados com a ascensão de Cunha e Waguinho. Apesar de terem eleito seis prefeitos, Waguinho enfrentou uma derrota significativa em Belford Roxo, seu reduto.
Mudanças e Consequências
A troca no diretório estadual ainda não foi oficializada, mas é considerada iminente. Integrantes do partido acreditam que o "custo político" de um conflito com a igreja influenciou a decisão de Pereira. Além disso, a insatisfação da Universal se estende a São Paulo, onde Pereira também alterou a liderança do diretório.
A nova organização no Rio pode favorecer uma possível candidatura ao Senado de Marcelo Crivella, ex-prefeito e bispo da Universal. A ala religiosa do Republicanos tem incentivado Crivella a se candidatar. Contudo, essa mudança pode levar à saída do grupo de Cunha e Waguinho do partido, o que poderia desidratar a sigla no estado.
O Republicanos esperava filiar cinco deputados federais que receberam autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para deixar o União Brasil. No entanto, a perda de comando pode fazer esses parlamentares buscarem novas siglas.
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