Política

Europa propõe fundo de 100 bilhões de euros para atrair pesquisadores internacionais

Europa destina 500 milhões de euros para atrair pesquisadores, mas enfrenta desafios como salários baixos e incertezas após o financiamento.

Emmanuel Macron e Ursula von der Leyen no anúncio de ajudas para atrair cientistas. (Foto: Gonzalo Fuentes/AP)

Emmanuel Macron e Ursula von der Leyen no anúncio de ajudas para atrair cientistas. (Foto: Gonzalo Fuentes/AP)

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A Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, anunciou um programa de 500 milhões de euros para atrair pesquisadores internacionais. O programa, denominado Choose Europe, visa aumentar a competitividade da Europa em relação aos Estados Unidos, que possuem investimentos substanciais em pesquisa.

Entretanto, o programa enfrenta desafios significativos. Os salários na Europa são consideravelmente mais baixos. Por exemplo, um professor na Universidade Complutense de Madrid recebe cerca de 35 mil euros anuais, enquanto um professor na Universidade de Michigan ganha aproximadamente 195 mil euros. Essa diferença salarial torna difícil atrair talentos que já estão estabelecidos nos EUA.

Além disso, o financiamento do programa é temporário, o que gera incertezas sobre a continuidade das pesquisas após o término do apoio financeiro. A Espanha, por exemplo, ampliou seu programa de captação de talentos com 45 milhões de euros adicionais, mas a incerteza sobre o futuro persiste. O investimento representa apenas 0,0025% do gasto público anual do país.

Proposta de Fundo Europeu de Pesquisa

Uma alternativa proposta é a criação de um Fundo Europeu de Pesquisa, que funcionaria como um fundo soberano. Com um investimento de 100 bilhões de euros, o fundo poderia gerar 4 bilhões de euros anuais, permitindo a criação de 4 mil cátedras de excelência. Isso superaria o apoio atual oferecido pelos projetos mais prestigiados da Europa.

Além disso, a Europa poderia se beneficiar ao abrir seu sistema acadêmico para professores empreendedores. Essa prática, comum nos EUA e na China, poderia estimular a criação de startups e a transferência de tecnologia, aumentando a competitividade da pesquisa europeia.

Por fim, a burocracia excessiva também é um obstáculo. Em alguns casos, pesquisadores precisam de documentos fictícios para obter reembolso de despesas em conferências. A Europa tem uma oportunidade única de atrair talentos, mas precisa agir rapidamente para se tornar uma opção viável para pesquisadores internacionais.

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