09 de mai 2025
EUA iniciam desligamento de militares transgêneros após nova diretriz do Pentágono
Militares transgêneros começam a ser desligados das Forças Armadas dos EUA após nova diretriz e decisão da Suprema Corte.
Uma ativista dos direitos transgêneros segura uma bandeira durante o protesto do Dia da Visibilidade Trans no National Mall, em 31 de março de 2025, na cidade de Washington. (Foto: AFP)
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O Departamento de Defesa dos Estados Unidos iniciou o desligamento de cerca de mil militares transgêneros após uma nova diretriz emitida nesta quinta-feira. A ordem determina que aqueles que não se manifestaram publicamente sobre sua identidade de gênero terão 30 dias para deixar as Forças Armadas voluntariamente. Essa medida segue uma decisão da Suprema Corte que autorizou o governo de Donald Trump a restringir a presença de pessoas trans no serviço militar.
O Pentágono também anunciou que irá revisar prontuários médicos para identificar integrantes diagnosticados com disforia de gênero que ainda não se declararam. Estimativas da rede CNN indicam que, até dezembro de 2024, havia 4.240 militares com esse diagnóstico em serviço ativo, na Guarda Nacional e na reserva, representando uma pequena fração dos cerca de 2 milhões de militares em serviço.
A nova diretriz é semelhante a um memorando enviado em fevereiro, que foi suspenso devido a ações judiciais. Desde então, aproximadamente mil pessoas se identificaram como transgêneros. O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, confirmou que esses militares “iniciarão o processo de desligamento voluntário”. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, expressou sua posição após a decisão da Suprema Corte, afirmando: “Chega de trans no Departamento de Defesa.”
A política de exclusão tem sido contestada em tribunais, com alegações de que viola o princípio constitucional da igualdade. A comandante Emily Shilling, da Marinha, é um dos exemplos citados em ações judiciais, destacando seu histórico de 19 anos de serviço, incluindo missões de combate. A decisão do juiz federal Benjamin Settle, que barrou os planos de Trump, enfatizou que não havia evidências de que a presença de Shilling prejudicasse a coesão ou a prontidão das Forças Armadas.
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