Estudante turca é libertada após 45 dias de detenção e retoma estudos nos EUA

Rümeysa Öztürk, estudante da Tufts University, foi liberada após 45 dias de detenção sob acusações de atividades pró-terroristas ligadas ao ativismo pró-Palestina. A decisão do juiz ocorreu no último sábado, quando ela retornou a Massachusetts, enquanto o processo de deportação contra ela ainda está em andamento.

A estudante turca, de 30 anos, foi detida em março por agentes federais em Somerville, Massachusetts, após um jantar de Iftar. A detenção gerou indignação, especialmente entre defensores da liberdade de expressão, uma vez que Öztürk havia co-assinado um artigo crítico sobre a resposta da universidade ao conflito em Gaza. O juiz William K. Sessions III destacou a falta de evidências concretas apresentadas pelo governo para justificar a detenção, além do artigo de opinião.

Durante sua detenção, Öztürk enfrentou problemas de saúde, incluindo crises de asma, e relatou condições inadequadas no centro de detenção. Ao retornar, expressou esperança no sistema de justiça americano, afirmando: “Os EUA são a maior democracia do mundo, e eu acredito nos valores que compartilhamos.”

A liberação de Öztürk coincide com um aumento nas detenções de estudantes internacionais envolvidos em ativismo, levando a preocupações sobre a repressão à liberdade de expressão nas universidades. O caso dela é um entre vários que têm chamado a atenção para a política de imigração da administração Trump, que tem sido criticada por sua abordagem em relação a estudantes e acadêmicos.

Além de Öztürk, outros estudantes, como Mohsen Mahdawi, também enfrentam processos semelhantes, levantando questões sobre os direitos dos imigrantes e a proteção da liberdade de expressão no ambiente acadêmico.