Política

Urbanismo com perspectiva de gênero busca transformar cidades para mulheres e famílias

Cidades na Espanha adotam urbanismo com perspectiva de gênero, priorizando segurança e acessibilidade para mulheres em novas políticas urbanísticas.

A coordenadora de Agenda Urbana em Alcorcón, Eulalia Moreno de Acevedo, no dia 1 de maio. (Foto: Pablo Monge)

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Recentemente, a discussão sobre urbanismo com perspectiva de gênero ganhou destaque na Espanha, com iniciativas em comunidades como o País Vasco e Alcorcón. Essas ações visam implementar políticas urbanísticas que priorizam segurança e acessibilidade para mulheres.

A arquiteta Inés Sánchez de Madariaga, pioneira na área, afirma que homens e mulheres utilizam a cidade de maneiras diferentes. Dados do Instituto Nacional de Estatística mostram que mais de 1,3 milhões de mulheres cuidam de pessoas com deficiência. Apesar de sua crescente participação no mercado de trabalho, apenas cerca de 30% das mulheres possuem veículo próprio, tornando-as dependentes do transporte público.

A proposta de uma cidade de 15 minutos busca garantir que os cidadãos tenham acesso a serviços essenciais em até quarto de hora a pé ou de bicicleta. Marta Ezquerecocha, analista de políticas urbanas, ressalta a importância de questionar as cidades tradicionalmente projetadas com uma visão androcêntrica e capitalista.

Iniciativas em Andamento

Desde 2018, o Tribunal Supremo exige que os planos urbanísticos incluam relatórios de impacto de gênero. Comunidades como País Vasco, Catalunha e Andaluzia já incorporaram essa perspectiva em suas legislações. Em Alcorcón, a coordenadora geral de Agenda Urbana, Eulalia Moreno de Acevedo, destaca que os promotores devem "usar as gafas violetas" para empoderar as mulheres nas ruas.

O País Vasco é um exemplo de boas práticas, tendo implementado mapas de segurança e políticas de mobilidade que priorizam a segurança feminina. Em Bilbao, iniciativas como os caminhos escolares visam garantir que crianças possam ir à escola de forma segura. Barcelona também se destaca com o conceito de supermanzana, que prioriza o espaço pedonal.

Desafios e Oportunidades

Ezquerecocha aponta que a iluminação adequada e a manutenção das ruas são essenciais para aumentar a sensação de segurança. Ela critica a falta de transporte público durante a noite, ressaltando que muitas mulheres trabalham em turnos noturnos em setores essenciais.

Além disso, a arquiteta Benedet enfatiza que a perspectiva de gênero deve ser aplicada também nas habitações, garantindo que os espaços sejam adequados e não sobrecarreguem as mulheres com tarefas domésticas. O futuro do urbanismo, segundo especialistas, deve ser construído com uma visão igualitária, enfrentando desafios e promovendo a autonomia feminina nas cidades.

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