12 de mai 2025
Oposição enfrenta dilemas ao definir inimigos e estratégias políticas no Brasil
A indefinição da oposição no México pode custar caro, enquanto a 4T se fortalece ao nomear seus inimigos.
Jorge Romero, dirigente Nacional do Partido Ação Nacional, durante uma conferência de imprensa, no dia 20 de janeiro de 2025. (Foto: Victoria Valtierra Ruvalcaba)
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Elena Garro, escritora mexicana, expressou sua relação conflituosa com o poeta Octavio Paz, afirmando: “Eu vivo contra ele, estudei contra ele, escrevi contra ele.” Essa ideia de ter um inimigo como parte da identidade pessoal e política ressoa na atual análise da oposição política no México.
Recentemente, a crítica se voltou para a falta de estratégia clara do Partido Ação Nacional (PAN) e do Partido Revolucionário Institucional (PRI) em relação à administração da Quarta Transformação (4T). A indefinição pode resultar em perda de identidade e apoio popular. A oposição deveria nomear seus adversários, como a presidente e seus aliados, e se opor sistematicamente às suas propostas.
O PAN, em particular, enfrenta confusão interna e uma clara falta de definição em suas posturas. A oposição deveria ser radical, mas parece se contentar com uma postura de “oposição responsável”, que não tem mais eficácia. Essa abordagem resulta em um castigo eleitoral, não em recompensas. A aprovação de leis da 4T pelo PAN, como as de segurança, contradiz sua posição de oposição.
A análise sugere que, enquanto o PAN busca ser amigável, a presidente continua a atacá-los, definindo-os como os “grandes males” do país. A falta de um inimigo claro pode desdibujar a identidade do partido, que se vê como “humanista” e centrado na pessoa, mas isso não é suficiente. A política atual exige definições claras sobre o que se apoia e contra o que se luta.
A reflexão de Umberto Eco sobre a construção do inimigo destaca a importância de ter um adversário para definir valores e identidade. A indefinição do PAN pode levar a uma imagem negativa, enquanto a 4T se fortalece ao nomear seus opositores. A política contemporânea exige que os partidos se posicionem claramente, ou correm o risco de serem definidos por seus adversários.
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