12 de mai 2025
Servidores do IBGE criticam novo mapa-múndi com Brasil no centro e sul no topo
Técnicos do IBGE criticam novo mapa múndi que coloca o Brasil no centro, alegando desvio institucional e comprometimento da credibilidade do órgão.
"Mapa-múndi invertido é uma 'encenação simbólica que compromete a credibilidade construída pelo IBGE ao longo de décadas de trabalho sério, imparcial e respeitado globalmente', diz manifesto (Foto: IBGE)"
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Técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) manifestaram descontentamento com o lançamento de um novo mapa-múndi que coloca o Brasil no centro, mas com a perspectiva invertida, onde o sul aparece no topo. A iniciativa, promovida pelo presidente Marcio Pochmann, é vista como um desvio da função técnica do órgão.
O sindicato dos trabalhadores do IBGE, Assibge-SN, criticou a falta de envolvimento das áreas técnicas na elaboração do mapa, afirmando que ele parece atender a interesses pessoais de Pochmann. O sindicato destacou que, embora o mapa não contenha erros técnicos, sua divulgação inadequada compromete a credibilidade do instituto.
Em um manifesto, os servidores expressaram que a nova publicação não possui respaldo técnico reconhecido internacionalmente. A unidade do IBGE na Avenida Chile, no Rio de Janeiro, que abriga cerca de setecentos trabalhadores, considera a iniciativa uma distorção da realidade que prejudica a imagem do IBGE, que é respeitado globalmente.
Os servidores também lembraram que essa polêmica não é isolada, referindo-se a um documento anterior que incluía um prefácio da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, o que também foi criticado como um desvio institucional. O núcleo sindical enfatizou que a responsabilidade pelos desvios recai sobre a gestão atual, que tem priorizado a imagem em detrimento da função pública do IBGE.
O IBGE, em nota, defendeu o lançamento do novo mapa como uma forma de estimular a reflexão sobre a posição do Brasil no mundo contemporâneo. O mapa destaca países do BRICS, do Mercosul e aqueles que compartilham o bioma amazônico, além de cidades brasileiras. A gestão atual justifica a ação como parte de uma estratégia para debater a importância do Sul Global e a crescente relevância do Brasil no cenário internacional.
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