Política

Governo federal suspende cessão de terreno da Favela do Moinho após protestos e confrontos

Conflitos na Favela do Moinho em SP resultam em feridos e suspensão da cessão do terreno pelo governo federal após uso excessivo da força policial.

PM de São Paulo retoma operação na Favela do Moinho nesta quarta-feira (14) (Foto: Arquivo pessoal)

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A Favela do Moinho, em São Paulo, enfrenta um processo de desocupação para a construção de um parque e uma nova estação ferroviária. O governo estadual oferece opções de realocação, mas a situação se complicou após o governo federal suspender a cessão do terreno ao estado. A decisão foi motivada pelo uso excessivo de força policial durante a desocupação, que resultou em feridos, incluindo crianças.

Na quarta-feira, 14 de maio, a Polícia Militar realizou uma operação na favela, com a presença da tropa de choque e bloqueios nos acessos. Moradores relataram dificuldades para sair de casa, impedidos por viaturas. A Secretaria de Patrimônio da União (SPU) havia comunicado a suspensão da cessão do terreno, alegando que não havia garantias de reassentamento digno para as cerca de novecentas famílias que vivem no local.

A Associação de Moradores da Comunidade do Moinho, com apoio das Defensorias Públicas, enviou uma manifestação ao governo federal denunciando violações de direitos humanos. A associação afirmou que "a comunidade do Moinho pede socorro" e pediu a presença do governo federal na região. O governo estadual, por sua vez, afirma que há um plano de reassentamento em curso, com mais de mil unidades habitacionais previstas.

Desde o início do processo de desocupação, em abril, cerca de cento e oitenta e uma famílias já deixaram a comunidade. A maioria optou por receber um auxílio-aluguel de R$ 800,00, enquanto apenas quatro famílias se mudaram para apartamentos financiados pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Moradores expressam preocupação com a adequação das novas moradias, que exigem um comprometimento de 20% da renda familiar mensal por trinta anos.

A tensão na comunidade aumentou com os protestos contra as demolições e a presença policial. O governo federal criticou a condução do processo pelo estado, afirmando que a desocupação deve ser pacífica e respeitar os direitos dos moradores. A situação continua em desenvolvimento, com a expectativa de que novas negociações sejam realizadas para garantir a segurança e dignidade das famílias afetadas.

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