14 de mai 2025
Lula e Xi Jinping fortalecem laços comerciais e criticam unilateralismo em Pequim
Brasil e China firmam mais de 30 acordos, incluindo um swap de R$ 157 bilhões, em busca de fortalecer laços comerciais e resistir ao protecionismo.
El presidente chino, Xi Jinping (centro), con el de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (segundo por la izquierda), el de Chile, Gabriel Boric (izquierda) y el de Colombia, Gustavo Petro, instantes antes de la ceremonia de apertura de la reunión ministerial del Foro China-Celac en Pekín este martes. (Foto: Associated Press/LaPresse)
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da China, Xi Jinping, assinaram mais de 30 acordos em Pequim, nesta terça-feira, 13 de maio de 2025. Os acordos incluem um swap de moedas de R$ 157 bilhões, visando fortalecer a cooperação em áreas como infraestrutura e tecnologia. Lula destacou que a relação entre Brasil e China "nunca foi tão necessária", especialmente em um contexto de crescente unilateralismo e protecionismo global.
Durante a cerimônia, Lula e Xi criticaram as guerras comerciais, afirmando que "não há vencedores" nesse tipo de conflito. Lula enfatizou que as guerras tarifárias elevam os preços e afetam as economias, especialmente as mais vulneráveis. O presidente brasileiro também mencionou a importância de um comércio justo, baseado nas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Acordos e Cooperação
Os novos acordos abrangem investimentos em setores como mineração, transporte e aeroespacial, incluindo a compra de jatos da Embraer. Além disso, os dois países decidiram colaborar em inteligência artificial e questões climáticas. Lula afirmou que a cooperação com a China é essencial para o desenvolvimento da indústria e inovação no Brasil.
A visita de Lula à China é a terceira desde o início de seu terceiro mandato e reflete a estratégia do governo brasileiro de diversificar parcerias comerciais. O comércio entre Brasil e China cresceu significativamente, alcançando US$ 158 bilhões no último ano, quase o dobro do volume com os Estados Unidos.
Contexto Geopolítico
O encontro ocorre em um momento de tensões entre os Estados Unidos e a China, com Lula buscando uma posição de equilíbrio. Ele afirmou que a América Latina não deseja ser um campo de disputas hegemônicas e que a região deve buscar um diálogo horizontal com outras partes do mundo. Lula também criticou a instabilidade global e a necessidade de reformas na ordem internacional.
Os acordos assinados em Pequim são parte de um esforço mais amplo para fortalecer os laços entre os países da América Latina e a China, especialmente em um cenário onde muitos países da região enfrentam pressões dos EUA para não se aproximarem de Pequim.
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