15 de mai 2025
Governo libanês busca desarmar Hezbollah e restaurar a soberania nacional
Novo governo libanês enfrenta desafios para desarmar o Hezbollah e restaurar a soberania, enquanto busca revitalizar a economia devastada.
Primeiro-ministro libanês Nawaf Salam durante a entrevista no Grande Serail em Beirute. (Foto: Natalia Sancha)
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O Líbano enfrenta uma crise severa, intensificada por conflitos com Israel e a presença do Hezbollah, considerado um grupo terrorista pela União Europeia. O novo governo, liderado por Nawaf Salam, busca desarmar o Hezbollah e restaurar a soberania do exército, enquanto tenta revitalizar a economia e a infraestrutura do país.
“O desarmamento do Hezbollah e a retirada completa de Israel do território libanês devem ser alcançados por meio de negociações”, afirma Salam. Ele reconhece os riscos de uma nova guerra civil se a administração tentar agir por força. Desde a formação do novo governo, há três meses, Salam e sua equipe enfrentam a tarefa colossal de lidar com a guerra que começou em oito de outubro, além de reconstruir áreas devastadas por ataques aéreos israelenses.
O primeiro-ministro destaca que a posição do governo é clara: Israel deve se retirar de todas as áreas ocupadas no Líbano. “A questão do monopólio das armas do Hezbollah deve estar nas mãos do Estado”, afirma Salam, enfatizando que a única autoridade legítima para portar armas é o exército libanês. Apesar do cessar-fogo em vigor desde 27 de novembro, Israel continua a bombardear o Líbano, complicando ainda mais a situação.
Salam também menciona os avanços do governo, como a realização de eleições municipais e a proposta de reforma bancária. “Estamos implementando um novo mecanismo para nomeações no serviço público, garantindo um processo transparente e competitivo”, explica. No entanto, a corrupção e o clientelismo da elite política geram desconfiança entre os cidadãos e a comunidade internacional.
O governo libanês busca ainda reintegrar o país na região, com a expectativa de que a Arábia Saudita levante restrições de viagem e comércio antes do verão. “Estamos otimistas com a recuperação do turismo, que já foi responsável por um terço da receita do Estado”, conclui Salam. A estabilidade no Líbano está intimamente ligada à situação na Síria, e o primeiro-ministro defende a importância de relações saudáveis entre os dois países.
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