Política

Desmatamento no Brasil cai 32,4% em 2024, mas desafios permanecem para o governo Lula

Desmatamento no Brasil caiu 32,4% entre 2023 e 2024, mas pressões políticas e degradação florestal ainda ameaçam avanços.

Incêndio florestal na Terra Indígena Kayapó, no Pará (Foto: Marizilda Cruppe - 17.set.24/Divulgação Greenpeace Brasil)

Incêndio florestal na Terra Indígena Kayapó, no Pará (Foto: Marizilda Cruppe - 17.set.24/Divulgação Greenpeace Brasil)

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Levantamento da rede MapBiomas, divulgado em 15 de maio de 2024, revela que o desmatamento no Brasil caiu 32,4% entre 2023 e 2024. O estudo aponta que, desde 2019, o país destruiu 9,9 milhões de hectares de florestas, com 67% dessa área localizada na Amazônia Legal.

A queda no desmatamento foi observada em todos os biomas, exceto na Mata Atlântica, que se manteve estável. Na Amazônia, a área desmatada caiu de 1,2 milhão de hectares em 2022 para 377,7 mil hectares em 2024, uma redução de 16,8%. O Cerrado, que teve um aumento significativo em 2023, também apresentou uma diminuição de 41,2% em 2024, totalizando 652,1 mil hectares desmatados.

Desafios e Pressões

Apesar dos avanços, o governo Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta pressões políticas que dificultam a implementação de políticas de proteção ambiental. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, conseguiram manter a redução do desmatamento por dois anos consecutivos, mesmo diante de desafios no Congresso Nacional.

A pesquisa indica que o agronegócio pode coexistir com a sustentabilidade. Em Goiás, um dos principais estados produtores, a queda no desmatamento foi de 75%. No entanto, a degradação florestal aumentou 163% na Amazônia, evidenciando a necessidade de um plano de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Incêndios e Degradação

O aumento da degradação florestal é preocupante, especialmente com a incidência de 140,3 mil focos de calor na Amazônia em 2024, o maior número desde 2007. A pressão por exploração de recursos naturais, como petróleo na Margem Equatorial, também gera tensões. O presidente Lula afirmou que a exploração é necessária para financiar a transição energética, mas isso levanta questões sobre a proteção ambiental.

O cenário atual exige uma vigilância constante e um compromisso firme com a redução do desmatamento. A atuação do Ibama é crucial, mas enfrenta resistência de setores que buscam flexibilizar as leis ambientais. A continuidade da queda no desmatamento dependerá de ações efetivas e do apoio à fiscalização.

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