17 de mai 2025
UFC concede título post mortem a líder estudantil assassinado pela ditadura militar
Universidade Federal do Ceará homenageia Bergson Gurjão Farias com graduação post mortem e inaugura espaço cultural em sua memória.
Homenagem da Universidade Federal do Ceará a Bergson Gurjão Farias, líder estudantil assassinado pela ditadura militar. (Foto: Guilherme Silva/UFC)
Ouvir a notícia:
UFC concede título post mortem a líder estudantil assassinado pela ditadura militar
Ouvir a notícia
UFC concede título post mortem a líder estudantil assassinado pela ditadura militar - UFC concede título post mortem a líder estudantil assassinado pela ditadura militar
A Universidade Federal do Ceará (UFC) concedeu título de graduação post mortem a Bergson Gurjão Farias, líder estudantil assassinado pela ditadura militar em 1972. A cerimônia ocorreu em 16 de maio de 2024, véspera do aniversário do homenageado.
Bergson foi um destacado líder do movimento estudantil nos anos 1960, ocupando cargos como vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e diretor do Centro Acadêmico dos Institutos de Ciências da UFC. Sua matrícula no curso de Química foi cassada devido à sua militância no Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Ele participou da Guerrilha do Araguaia e foi encontrado morto pelo Exército em maio de 1972, aos 25 anos.
A irmã de Bergson, Ielnia, de 79 anos, expressou sua emoção com a homenagem. “Se ele tivesse terminado o curso e recebido o diploma como todos os alunos, acho que teria sido o dia mais feliz da vida do papai e da mamãe”, afirmou. Os restos mortais de Bergson foram identificados nos anos 1990 e transferidos para Fortaleza em 2009, onde foi velado na Reitoria da UFC.
Homenagens e Espaço Cultural
Além do título de graduação, a UFC já havia prestado outras homenagens a Bergson. Em dezembro de 2024, foi inaugurado o Espaço Cultural Bergson Gurjão Farias, com a exposição “Sementes de Lutas: aqui está presente o movimento estudantil!”.
A universidade também entregou o Termo de Reconciliação Histórica a ex-militantes do movimento estudantil perseguidos durante a ditadura, que enfrentaram processos, impedimentos de matrícula, prisões e torturas. Essas iniciativas visam reconhecer e valorizar a luta dos que se opuseram ao regime militar no Brasil.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.