Política

Partidos formam federações para aumentar influência política e geram debates sobre riscos

Federações partidárias enfrentam tensões regionais, com União Brasil e Progressistas em conflito, ameaçando a estabilidade política local.

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As federações partidárias, criadas pela reforma eleitoral de 2021, visam permitir que partidos atuem como uma única legenda, facilitando a formação de maiorias. Recentemente, o União Brasil e os Progressistas formaram uma federação com foco eleitoral, mas já enfrentam desavenças regionais que podem resultar em descontentamento entre líderes locais e possíveis saídas de parlamentares.

O mecanismo, inicialmente utilizado por partidos menores para evitar a cláusula de barreira, agora é empregado por siglas maiores para ampliar seu poder político. A união entre União Brasil e Progressistas, no entanto, já apresenta sinais de conflitos em alguns Estados, o que pode levar à saída de líderes. Diferentemente dos partidos menores, essas siglas não enfrentam risco de exclusão e buscam a aliança apenas para fins eleitorais.

A proposta original das federações, que era facilitar a articulação política, não tem sido o foco principal. Para 2026, as siglas precisam eleger no mínimo 13 deputados em pelo menos um terço dos Estados ou obter 2,5% dos votos válidos para garantir acesso ao Fundo Partidário. Especialistas, como Alexandre Rollo, acreditam que a federação foi criada para aumentar a bancada na Câmara e no Senado, conferindo maior peso político nas negociações.

Entretanto, as questões regionais tendem a se intensificar, especialmente em locais com histórico de rivalidade entre as siglas. Marco Teixeira, cientista político, destaca que a criação da federação não altera as posições dos parlamentares. Nos bastidores, já há ameaças de saída de parlamentares, embora alguns acreditem que a definição de um rodízio entre os presidentes das siglas possa minimizar os conflitos.

Os Estados da Bahia e São Paulo são vistos como problemáticos, com disputas sobre quem deve comandar os diretórios. Na Bahia, ACM Neto, do União Brasil, e uma ala do Progressistas apoiaram candidatos opostos nas últimas eleições. Em São Paulo, a disputa pelo comando da federação gerou impasses, refletindo a complexidade das relações entre as siglas.

Além disso, a gestão dos recursos financeiros sob controle dos diretórios pode gerar conflitos. Jairo Nicolau, professor da FGV, alerta que a falta de regulação intrapartidária pode levar a uma degeneração dos partidos, que se tornam meras coligações. A superfederação entre União e PP também impulsionou negociações entre outros partidos de centro-direita, como PSDB e MDB, que buscam formar alianças para as próximas eleições.

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