Trump avança com mega-proposta rumo à votação na Câmara dos Deputados

O projeto de lei de impostos e gastos nos Estados Unidos avançou em meio a divisões internas entre os republicanos. Quatro congressistas da ala mais conservadora, que anteriormente bloquearam o progresso, votaram "presente" no domingo, permitindo que a proposta seguisse adiante. Essa decisão representa uma vitória para o presidente da Câmara, Mike Johnson, mas a falta de apoio explícito indica desafios futuros para a unificação do partido.

O projeto inclui cortes de impostos e um aumento significativo nos gastos militares, mas pode resultar em um acréscimo de até 5 trilhões de dólares na dívida nacional, que já ultrapassa 35 trilhões de dólares. As mudanças propostas incluem a extensão dos cortes de impostos da administração de Donald Trump e o fim de tributos sobre gorjetas, além de um aumento nos gastos com segurança nas fronteiras.

Descontentamento Interno

Os congressistas conservadores, como Chip Roy, expressaram que o projeto ainda não atende às suas expectativas. Eles exigem requisitos de trabalho mais rigorosos para beneficiários do Medicaid e a eliminação de subsídios para energia limpa introduzidos pela administração de Joe Biden. Por outro lado, moderados de estados com altos impostos, como Nova York e Califórnia, criticam a proposta que triplica a dedução do imposto local de 10 mil para 30 mil dólares para casais.

A expectativa é que o Comitê de Regras da Câmara analise o projeto nesta terça ou quarta-feira, com uma votação em plenário prevista para o final da semana. A agência de classificação Moody's já alertou sobre o aumento da dívida, o que levou à recente reavaliação da nota de crédito dos EUA. Se aprovado na Câmara, o projeto seguirá para o Senado antes de ser enviado ao presidente.