PL demite Wajngarten a pedido de Michelle Bolsonaro após críticas à primeira-dama

Fábio Wajngarten foi demitido do PL a pedido de Michelle Bolsonaro após a divulgação de mensagens que revelavam sua preferência por Lula em vez de apoiar a candidatura da ex-primeira-dama à presidência. A decisão ocorreu nesta terça-feira, 24 de outubro de 2023, e reflete tensões internas no partido.

As mensagens, publicadas pelo portal UOL, foram trocadas entre Wajngarten e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, em janeiro de 2023. Durante a conversa, Wajngarten mencionou que o PL considerava lançar Michelle como candidata, caso o ex-presidente se tornasse inelegível. Cid respondeu: "Prefiro o Lula", e Wajngarten concordou.

A insatisfação de Michelle com Wajngarten já era evidente, pois ela não se comunicava com ele há meses e buscava sua demissão. Além disso, a ex-primeira-dama ficou incomodada com a solidariedade que Wajngarten prestou ao ex-ministro Aderson Torres, o que gerou mais descontentamento entre os aliados de Michelle.

Wajngarten, que atuava como assessor de imprensa e advogado de Jair Bolsonaro, recebia cerca de R$ 125 mil mensais. Em contraste, Michelle, como presidente do PL Mulher, tinha um salário significativamente menor, de R$ 32.181. A demissão de Wajngarten é vista como um movimento estratégico de Michelle para consolidar sua imagem e influência dentro do partido.

A saída de Wajngarten pode impactar a dinâmica interna do PL e a relação do partido com a mídia, crucial para a construção de uma narrativa favorável nas próximas eleições. A situação evidencia as tensões e desafios enfrentados por figuras ligadas ao ex-presidente em um cenário político em constante mudança.