Luis Elizondo alerta sobre riscos de tecnologia de ovnis nas mãos de terroristas

Luis Elizondo, ex-oficial sênior de inteligência do Pentágono, ganhou destaque em 2017 ao renunciar ao cargo que ocupava no Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais Avançadas (AATIP), onde investigava objetos voadores não identificados (OVNIs). Ele denunciou o excesso de sigilo e a falta de recursos para a pesquisa. Recentemente, Elizondo alertou sobre o risco de terroristas acessarem tecnologias derivadas de OVNIs, afirmando que isso representa uma ameaça maior do que a Rússia ou a China dominarem tais inovações.

Em entrevista à CNN, Elizondo destacou que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos ocultou a existência do AATIP por anos, mantendo parlamentares no escuro sobre suas atividades. Ele explicou que setores do governo resistem a qualquer forma de supervisão, temendo que a admissão de estar atrás de outras nações em pesquisa tecnológica possa ser politicamente desfavorável.

Elizondo também mencionou a influência de grupos religiosos e da indústria aeroespacial na deslegitimação dos estudos sobre fenômenos aéreos anômalos. Em seu livro, "Imminent — Os bastidores da caçada do Pentágono a óvnis", ele relata sua luta por maior transparência sobre o tema. O ex-oficial enfatizou que a verdadeira ameaça não está na origem dos OVNIs, mas na possibilidade de que atores desonestos ou organizações terroristas consigam acessar e dominar essa tecnologia.

Com uma carreira que inclui missões no Afeganistão e a liderança de programas secretos, Elizondo se tornou uma figura central na discussão sobre OVNIs e suas implicações para a segurança nacional. Ele alertou sobre as consequências alarmantes que poderiam surgir se um grupo extremista obtivesse acesso a esse tipo de tecnologia avançada.