21 de mai 2025

Lula aprova acordo sobre Moinho após tensão gerada pela polarização política
Acordo entre governo federal e São Paulo garante imóveis subsidiados a 800 famílias da favela do Moinho após tensões e confrontos.
Foto:Reprodução
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O governo federal e o estado de São Paulo firmaram um acordo para garantir imóveis subsidiados a cerca de 800 famílias da favela do Moinho, em São Paulo. A decisão foi tomada após tensões políticas e confrontos entre moradores e a polícia durante o processo de remoção. O presidente Lula e o governador Tarcísio de Freitas participaram das negociações, que foram autorizadas enquanto Lula estava em viagem à China.
O acordo prevê a subsidiariedade total de imóveis avaliados em R$ 250 mil para cada família. Essa parceria foi anunciada na última quinta-feira, 15, e é vista como um avanço após um mês de conflitos e críticas mútuas entre os governos. O diálogo entre as partes foi retomado após um telefonema do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, ao secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab.
Conflitos e Negociações
As negociações enfrentaram desafios, especialmente após declarações do vice-governador Felício Ramuth, que acusou o governo Lula de favorecer o crime. A equipe de Tarcísio se baseou em investigações do Ministério Público para afirmar que a favela é um ponto de distribuição de drogas. Moradores, por sua vez, alegam que o governo estadual tenta criminalizá-los para justificar a remoção.
A Secretaria de Patrimônio da União (SPU) havia suspendido as negociações para a cessão do terreno, o que gerou descontentamento entre os paulistas. A situação se agravou com a mudança de postura da SPU, que passou a relatar ações policiais contra os moradores. Para resolver a crise, Kassab sugeriu uma conversa direta entre Macêdo e o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco.
Avanços no Reassentamento
Após intensas discussões, um acordo foi alcançado, permitindo que as famílias escolham novos imóveis. O auxílio moradia também será aumentado de R$ 800 para R$ 1.200 mensais para aqueles que deixarem a comunidade antes de receberem suas novas residências. O governo Lula espera que os procedimentos para formalizar o acordo sejam concluídos em até três semanas.
A CDHU, companhia estadual de habitação, continuará a coordenar o reassentamento. O novo acordo é um passo significativo para as famílias do Moinho, que enfrentam um futuro incerto em meio a um contexto de polarização política e desafios sociais.
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