22 de mai 2025

“Exploração de petróleo na Amazônia gera emissões equivalentes a três anos de CO2”
Ibama aprova simulações de acidentes pela Petrobras na Foz do Amazonas, mas falta de informações gera preocupações sobre impactos sociais e ambientais.
Foto:Reprodução
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Há dez anos, entidades ambientais monitoram tentativas de exploração de petróleo na Foz do Amazonas, levantando preocupações sobre os impactos sociais e ambientais. Recentemente, o Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou simulações de acidentes pela Petrobras, uma etapa necessária para a exploração. Contudo, a falta de informações sobre os impactos e a ausência de consultas às comunidades afetadas geram apreensão.
Ricardo Fujii, especialista em conservação da WWF no Brasil, destaca que simulações na região não refletem a complexidade do ambiente. Ele afirma que a exploração pode trazer mais riscos do que benefícios ao país. A aprovação do Ibama, embora esperada, não atende a pontos cruciais, como a avaliação dos impactos da instalação de campos na região e a consulta prévia às populações indígenas e comunidades tradicionais.
O Ibama tem cumprido sua função de avaliar pedidos de licenciamento, mas pressões políticas são frequentemente documentadas. Fujii ressalta que a sociedade civil pode sofrer mais prejuízos do que ganhos com essa exploração. Os riscos incluem danos ecológicos em um ecossistema único, que abriga 80% dos manguezais do Brasil e um vasto sistema de recifes. Além disso, a região enfrenta riscos operacionais, como as fortes correntezas que aumentam a probabilidade de acidentes.
A exploração no bloco 59, próximo à Guiana Francesa, pode liberar até 4 bilhões de toneladas de CO2, contribuindo para o aquecimento global. Fujii argumenta que o Brasil deve reconsiderar sua dependência do petróleo, priorizando uma transição para uma matriz energética mais sustentável, em vez de investir em uma atividade que pode ser mais cara e menos eficiente do que a produção em outros países.
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