Governo do PT enfrenta críticas e perde apoio de aliados políticos

O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, criticou a gestão do governo Lula, afirmando que "se enfraquece dia a dia". Em entrevista ao jornal O Globo, ele destacou que, apesar de seu partido ter três ministérios, a administração se fechou no PT, dificultando entregas efetivas.

Rueda, que tem raízes no PSL, partido de Jair Bolsonaro, avaliou que a federação entre União Brasil e PP deve apoiar um candidato de centro-direita nas eleições de 2026. Ele observou que, após os ataques de 8 de janeiro de 2023, o governo conseguiu capitalizar politicamente, mas essa fase já passou e a gestão enfrenta dificuldades.

Críticas à Gestão Atual

O dirigente partidário comparou a atual relação do União Brasil com o governo Lula à que existia durante a administração de Bolsonaro, quando os partidos ocupavam posições de destaque. "Hoje, o governo entrega ministérios mais periféricos," disse Rueda, referindo-se aos ministérios das Comunicações e do Turismo, além da indicação de Waldez Goes para a Integração e Desenvolvimento Regional.

Rueda também mencionou que a federação União Brasil-PP tende a apoiar um nome da centro-direita nas próximas eleições, em contraste com a reeleição de Lula. Ele destacou que, enquanto Lula é o único candidato viável pela esquerda, a centro-direita possui diversos nomes fortes, como Ronaldo Caiado e Eduardo Leite.

A Importância de Bolsonaro

O presidente do União Brasil enfatizou a necessidade de Jair Bolsonaro, atualmente inelegível, "nomear um sucessor." Rueda afirmou que qualquer candidatura da direita precisará do apoio do ex-presidente, que continua sendo uma figura central no cenário político. Ele descreveu um recente encontro com Bolsonaro e o senador Ciro Nogueira como um "encontro de camaradas."

Rueda também comentou sobre a posição do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que defende a reeleição de Lula. Apesar de respeitar a opinião de Alcolumbre, Rueda afirmou que a decisão da federação deve prevalecer, e ele se opõe à ideia de liberar a bancada para apoiar candidatos diferentes.