Senadores republicanos divergem sobre o projeto da Câmara e exigem cortes mais profundos

O Congresso dos Estados Unidos enfrenta um impasse em relação a um projeto de lei da Câmara dos Representantes, que propõe cortes de gastos e mudanças no Medicaid. O debate se intensificou com a resistência de senadores, que criticam os requisitos de trabalho para o programa de saúde e sugerem cortes mais profundos.

A senadora Lisa Murkowski expressou descontentamento com as exigências de trabalho para o Medicaid, enquanto o senador Mike Rounds pediu a remoção de um plano de leilão de espectro. O líder do Senado, John Thune, anunciou que redigirá uma nova versão do projeto, buscando um compromisso que possa ser aceito por sua bancada dividida.

Senadores como Josh Hawley defendem um aumento no crédito tributário para crianças, além do valor de R$ 2,5 mil proposto. A divisão entre os republicanos se acentua, com alguns senadores exigindo cortes mais rigorosos em programas federais. O senador Ron Johnson afirmou que os cortes de R$ 1,5 trilhão da Câmara são insuficientes.

Thune e sua equipe enfrentam o desafio de elaborar um projeto que consiga apoio em um Senado dividido. O senador Rand Paul já se manifestou contra qualquer aumento do teto da dívida, uma demanda de Donald Trump. Murkowski e outros senadores moderados levantam preocupações sobre as disposições do Medicaid.

A questão do Medicaid continua a ser um dos principais pontos de discórdia. Murkowski destacou que algumas propostas são "impossíveis de implementar". A senadora Susan Collins se mostrou aberta a requisitos de trabalho, desde que sejam bem elaborados, mas enfatizou a importância de não retirar benefícios do Medicaid.

Os senadores fiscalmente conservadores estão determinados a buscar cortes ainda mais profundos. O senador Kevin Cramer acredita que o Senado pode adicionar mais oportunidades de cortes e uma abordagem mais agressiva nas reformas do Medicaid. A discussão sobre o projeto está longe de ser resolvida, com os senadores se preparando para intensificar as negociações nas próximas semanas.