23 de mai 2025


Bolsonaro critica aumento do IOF e classifica agenda econômica como 'bizarra'
Governo Lula aumenta IOF em transações financeiras, gerando críticas da oposição e descontentamento no mercado. Medida pode impactar investimentos.
Foto:Reprodução
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O governo Lula anunciou um aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em transações de câmbio e crédito, revertendo a isenção que vigorava até 2028, estabelecida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida, divulgada na quinta-feira, foi interpretada pelo mercado como um aumento de zero para 3,5% nas remessas de investimentos ao exterior.
Após a repercussão negativa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que parte do aumento foi revogada por "necessidade técnica". Bolsonaro criticou a decisão em um post no X, afirmando que o atual governo reverteu sua política de isenção e que isso desestimula investimentos. Ele também mencionou que está em diálogo com lideranças do PL para tentar barrar o aumento.
Reações da Oposição
A oposição se manifestou amplamente contra a nova política fiscal. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) descreveu a medida como um reflexo do "caos fiscal" e da "agenda econômica bizarra" da esquerda. Ele também associou o aumento do IOF à alta do dólar, que abriu a sexta-feira cotado a R$ 5,71. Carlos Bolsonaro, vereador e filho do ex-presidente, chamou a medida de "cortina de fumaça".
Outros parlamentares, como o senador Sérgio Moro, criticaram a falta de responsabilidade do governo Lula. O ex-deputado Deltan Dallagnol (Novo-PR) compartilhou um meme que ironizava a situação, enquanto o deputado André Fernandes (PL-CE) fez referência a escândalos e gastos excessivos da presidência.
Impacto no Mercado
Um levantamento da consultoria Bites revelou que mais de 70% das menções ao aumento do IOF nas redes sociais foram negativas. O tema foi mencionado 144 mil vezes, com 72,6% das postagens expressando descontentamento. A medida reforça a percepção de que o governo Lula está aumentando impostos, uma ideia que já circulava após a polêmica da "taxa das blusinhas".
Após a pressão, o governo decidiu manter a alíquota zero para investimentos de fundos nacionais no exterior. Essa mudança ocorre em um contexto de desconfiança do mercado, semelhante à reação à taxação do Pix no início do ano. A comunicação do governo, agora sob a Secretaria de Comunicação, também foi criticada pela forma como o aumento do IOF foi anunciado, junto a um pacote de contingenciamento de R$ 31,5 bilhões no Orçamento.
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