Política

Mulher em morte cerebral é mantida viva para garantir nascimento do bebê na Geórgia

Caso de mulher em morte cerebral na Geórgia gera debate sobre direitos legais do feto e decisões médicas em meio a proibições de aborto.

Mulher grávida (Foto: DCStudio/Freepik)

Mulher grávida (Foto: DCStudio/Freepik)

Ouvir a notícia

Mulher em morte cerebral é mantida viva para garantir nascimento do bebê na Geórgia - Mulher em morte cerebral é mantida viva para garantir nascimento do bebê na Geórgia

0:000:00

Uma mulher grávida, Adriana Smith, foi declarada em morte cerebral no estado da Geórgia e está sendo mantida em suporte vital até que seu bebê atinja 32 semanas de gestação. A decisão médica visa cumprir a rígida proibição do aborto no estado, que reconhece o feto como uma pessoa com direitos legais. O caso, que começou em fevereiro, levanta questões sobre consentimento médico e os direitos da mãe.

Adriana, enfermeira de trinta anos, estava com cerca de nove semanas de gestação quando foi internada após apresentar sintomas graves. Exames revelaram coágulos no cérebro, levando à declaração de morte cerebral. Desde então, ela permanece em suporte vital, com a família enfrentando um sofrimento emocional intenso. A mãe de Adriana, April Newkirk, descreveu a situação como uma "tortura", afirmando que a decisão sobre o tratamento deveria ter sido da família.

Questões Legais e Médicas

Especialistas afirmam que não há registros de casos em que o suporte vital prolongado para fetos de mães em morte cerebral tenha resultado em partos saudáveis, especialmente em estágios iniciais da gestação. A legislação da Geórgia proíbe o aborto após a detecção da atividade cardíaca do feto, geralmente por volta da sexta semana. Isso gera incertezas sobre quem deve decidir pela continuidade da gravidez quando a mãe não pode fazê-lo.

Após a divulgação do caso, autoridades republicanas da Geórgia afirmaram que a lei não exige a manutenção do suporte vital em casos de morte cerebral. O senador Ed Setzler, autor da lei de 2019, defendeu a decisão do hospital, enfatizando o valor da vida humana. No entanto, advogados que defendem o direito à morte assistida consideram que a situação representa uma interferência do estado na relação entre paciente e médico.

Implicações Éticas

O caso de Adriana Smith expõe dilemas sobre consentimento médico e cuidados no fim da vida em estados com proibições rigorosas ao aborto. Na Geórgia, as pacientes podem expressar preferências sobre tratamentos em diretivas antecipadas, mas essa regra não se aplica a gestantes cujo feto não seja viável fora do útero. Especialistas alertam que as restrições ao aborto têm removido a autonomia das gestantes, complicando a prática médica e gerando incertezas sobre quem decide em seu nome.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela