Política

"Jaime Palomera analisa a desigualdade habitacional e o impacto do rentismo"

A transformação da habitação em ativo financeiro gera desigualdade na Espanha, alerta Jaime Palomera em seu novo livro.

Jaime Palomera, ativista e especialista em habitação, autor de 'El secuestro de la vivienda', posa no centro de Madrid em 13 de maio de 2025. (Foto: Álvaro García)

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Jaime Palomera, cofundador do Sindicat de Llogateres, lançou o livro "El secuestro de la vivienda", que discute a transformação da habitação em um ativo financeiro na Espanha. A obra propõe a necessidade de uma função social para a moradia, em meio ao aumento da desigualdade habitacional.

Palomera, que tem 42 anos e é doutor em Antropologia Econômica, relata que sua preocupação com a desigualdade começou quando se mudou para um bairro operário em Barcelona. Ele observou que a moradia se tornava um meio de gerar desigualdade, com famílias alugando quartos a preços altos para pagar hipotecas. Essa situação se agravou após a crise de 2008, quando muitos perderam suas casas.

O autor destaca que o sindicato surgiu como resposta à precariedade habitacional. Em 2017, Palomera recebeu uma notificação de aumento de 30% no aluguel, o que o motivou a se organizar com outros inquilinos. Ele afirma que a lógica do mercado imobiliário atual favorece uma minoria, enquanto a maioria enfrenta dificuldades.

A Função Social da Moradia

Palomera critica a visão de que a habitação é um bem de mercado comum. Ele argumenta que o solo urbano é escasso e essencial, o que gera uma relação desigual entre proprietários e inquilinos. Para ele, a moradia deve cumprir uma função social, conforme previsto na Constituição espanhola.

O autor também menciona o conceito de neofeudalismo, onde a qualidade de vida das pessoas depende da herança. Ele alerta que, se a situação continuar, a sociedade poderá enfrentar uma involução, com um aumento da desigualdade.

Palomera sugere que a solução passa por impostos que desincentivem a compra de imóveis como investimento, além de promover a redistribuição da moradia. Ele defende que a habitação deve ser um lar, não um ativo financeiro, e que as pessoas resistirão a abandonar as cidades, onde estão suas vidas e relações.

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