Zema critica sigilos de Lula enquanto mantém benefícios tributários em segredo

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), intensificou suas críticas ao governo Lula (PT), especialmente sobre a falta de transparência em sigilos de informações e benefícios tributários. Recentemente, Zema e seu vice, Mateus Simões, foram questionados sobre a opacidade nas renúncias tributárias, que devem alcançar R$ 22,7 bilhões no orçamento de 2025.

A Secretaria da Fazenda de Minas Gerais afirmou que fornece dados sobre renúncias, mas não detalha os beneficiários. Zema, em um encontro com Lula, declarou que em Minas "tudo é claro, acessível e auditável", contrastando com a política de sigilo de cem anos do governo federal. Ele busca aumentar sua popularidade entre eleitores de direita, especialmente após a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL).

Críticas à Transparência

A falta de transparência nas renúncias tributárias voltou a ser tema de debate na Assembleia Legislativa. O vice-governador Simões admitiu que a situação o incomoda e se comprometeu a realizar um estudo para divulgar os beneficiários das renúncias. Ele criticou o sigilo fiscal, afirmando que "só protege o malfeitor".

Os benefícios tributários em Minas aumentaram R$ 4,4 bilhões em relação ao ano anterior, representando 14,64% da receita corrente líquida do estado. Simões citou o exemplo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que anunciou a redução de um terço dos benefícios fiscais.

Segurança Pública em Foco

Zema também tem se posicionado sobre segurança pública, utilizando discursos de líderes de linha-dura, como o presidente de El Salvador, Nayib Bukele. Recentemente, ele afirmou que "os criminosos muitas vezes estão dentro do governo" e criticou a inação do Estado no combate ao crime. Essas declarações refletem sua estratégia de se alinhar a uma postura mais rigorosa em relação à segurança, buscando apoio popular.