26 de mai 2025
Barrio Obrero vive clima de medo com redadas de imigração em Puerto Rico
Redadas de imigração em Puerto Rico geram clima de medo na comunidade dominicana, com 445 detenções e impacto na vida cotidiana.
Redadas do ICE em Barrio Obrero, Porto Rico, em maio de 2025. (Foto: HSI San Juan)
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A comunidade dominicana em Puerto Rico enfrenta um clima de medo devido às políticas de imigração da administração Trump. Recentemente, redadas resultaram na detenção de 445 pessoas, a maioria dominicanos, impactando a vida cotidiana e a saúde emocional da população local.
As ruas de Barrio Obrero, em San Juan, estão quase desertas. A pastora Nilka Marrero, que atende imigrantes há mais de uma década, observa que o medo de detenções silenciou o bairro. "Esta é uma cidade sitiada", afirma. As redadas começaram em janeiro, logo após a posse de Trump, e desde então, a comunidade vive sob constante apreensão.
Na última grande operação, em 8 de maio, 53 trabalhadores dominicanos foram detidos em um hotel de luxo. A diretora da União Americana de Liberdades Civis (ACLU) em Puerto Rico, Annette Martínez Orabona, visitou o centro de processamento e constatou a falta de assistência legal adequada para os detidos, que frequentemente são transferidos para outros estados.
A saúde da comunidade também foi afetada. Muitos imigrantes evitam buscar atendimento médico por medo de serem presos. O Dr. Carlos Díaz-Vélez, presidente do Colégio de Médicos Cirurgiões de Puerto Rico, relata que a ACLU e sua organização estão oferecendo serviços de saúde e telemedicina para imigrantes, que têm apresentado sintomas de estresse e ansiedade.
As escolas também sentem os efeitos das redadas. Em fevereiro, a taxa de absentismo entre estudantes dominicanos chegou a 70%. O Departamento de Educação local implementou um protocolo para proteger as escolas de intervenções de imigração, mas o medo persiste entre as famílias.
A governadora Jenniffer González, que inicialmente minimizou o impacto das políticas de Trump, agora admite que a ilha não pode ignorar as diretrizes federais. Um projeto de lei da ACLU busca proteger locais sensíveis, mas seu futuro é incerto. A pastora Marrero expressa esperança, mas teme pela segurança de sua comunidade.
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