26 de mai 2025

Câmara de Niterói adota inteligência artificial e gera críticas de especialistas
Vereadores de Niterói geram polêmica ao usar inteligência artificial em redes sociais, levantando questões sobre plágio e direitos autorais.
Foto:Reprodução
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O uso de inteligência artificial (IA) nas redes sociais por vereadores da Câmara Municipal de Niterói tem se tornado uma prática comum, com pelo menos 15 dos 21 parlamentares utilizando essa tecnologia. Recentemente, a polêmica aumentou com vereadores como Allan Lyra e Benny Briolly, que geraram debates sobre plágio, direitos autorais e o impacto ambiental do uso de IA.
A criação de conteúdos com IA inclui desde versões em desenho animado dos vereadores até provocações a adversários políticos. Especialistas alertam para os riscos, como a desinformação e a apropriação de criações artísticas. Afonso de Albuquerque, professor da UFF, destaca que a IA não cria, mas organiza e seleciona informações de obras humanas, levantando preocupações sobre a originalidade.
Allan Lyra, um dos defensores do uso de IA, afirma que a tecnologia é uma nova forma de comunicação. Ele argumenta que a Câmara não oferece recursos suficientes para contratar artistas e que seu objetivo não é enganar a população. Por outro lado, Benny Briolly enfrentou críticas ao usar IA para criar artes inspiradas no estúdio Ghibli, refletindo sobre o impacto negativo que isso pode ter sobre artistas que dedicam anos ao seu ofício.
Críticas e Defesas
O secretário de Culturas, Leonardo Giordano, também se manifestou, afirmando que o uso de IA representa uma pequena parte de suas postagens e que a secretaria investirá cerca de R$ 25 milhões em cultura. Ele enfatiza a importância de valorizar a criatividade humana.
Carlos d’Andrea, professor da UFMG, alerta para o alto consumo de recursos naturais gerado pelo processamento de dados da IA, que pode se tornar um problema significativo no futuro. Ele observa que a popularidade de conteúdos gerados por IA pode banalizar obras autorais, como as do estúdio Ghibli, que critica a lógica de consumo.
Na Câmara, vozes contrárias ao uso de IA também se destacam. O vereador Professor Tulio defendeu a arte feita por humanos, enquanto Sylvio Maurício ressaltou que, embora a tecnologia possa ser útil, seu uso irresponsável pode trazer riscos.
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