26 de mai 2025

O saldo favorável das cotas
Fonte
Política

Cotas em universidades mostram resultados positivos e desafios a serem enfrentados

Desempenho acadêmico dos cotistas supera expectativas, mas inclusão de negros no ensino superior estagna desde 2016. O que fazer?

Lula na cerimônia em que foi sancionada a lei de cotas em universidades para negros, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Lula na cerimônia em que foi sancionada a lei de cotas em universidades para negros, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O debate sobre cotas em universidades públicas no Brasil ganhou força nos anos 2000, gerando preocupações sobre desempenho acadêmico e evasão. A Lei de Cotas foi aprovada em 2012, e um novo livro, "O Impacto das Cotas", revela que, após duas décadas, o desempenho dos cotistas é comparável ou superior ao dos não cotistas.

O livro, organizado pelos sociólogos Luiz Augusto Campos e Márcia Lima, reúne artigos de 48 autores que analisaram a política de cotas. Os dados mostram que as expectativas de que os cotistas teriam resultados acadêmicos inferiores não se confirmaram. As taxas de evasão e desempenho acadêmico dos cotistas estão próximas às dos demais alunos.

Desafios Persistentes

Apesar dos avanços, o crescimento da inclusão de negros no ensino superior apresenta sinais de estagnação desde 2016. Campos e Lima destacam que a política de cotas não resolve sozinha os problemas estruturais da educação. É necessário avançar em políticas equitativas na educação básica para garantir a inclusão efetiva.

A Lei de Cotas foi revisada em 2023, incorporando melhorias sugeridas por pesquisas. Embora o saldo das cotas seja considerado positivo, a inclusão de negros e outros grupos historicamente excluídos ainda enfrenta desafios. O ProUni, que reserva vagas em instituições privadas, também contribuiu, mas sua eficácia é limitada, com apenas cinco por cento de bolsistas em 2023.

Monitoramento Necessário

A pesquisa sobre a trajetória de jovens de baixa renda no ensino superior privado é essencial. A maioria desses alunos está em instituições particulares, representando quase oitenta por cento das matrículas. É crucial entender como esses estudantes se desenvolvem ao longo do curso e em suas carreiras profissionais.

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