Política

Crianças trans enfrentam retrocessos em direitos e inclusão nas escolas brasileiras

Projetos de lei ameaçam direitos de crianças LGBTQIA+, restringindo debates sobre gênero e acesso à saúde, gerando preocupações urgentes.

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Recentemente, o debate sobre os direitos das crianças e adolescentes LGBTQIA+ ganhou novo impulso com a apresentação de 109 projetos de lei que visam restringir discussões sobre gênero nas escolas e limitar o acesso a serviços de saúde. Essas propostas têm gerado preocupações sobre a proteção e dignidade dessas crianças.

Entre os projetos, destacam-se quatro que permitem censura escolar, sete que impõem segregação binária em banheiros, e quatorze que tentam dificultar o acesso ao processo transexualizador para menores. O advogado Marcel Jeronymo, especialista em direitos LGBTQIA+, afirma que essas iniciativas criam uma falsa dicotomia entre proteção da infância e promoção da diversidade.

A presidente da ONG Mães pela Diversidade, Regiani Abreu, alerta para o aumento de casos de bullying e censura nas escolas. “Esses projetos atingem diretamente o coração das nossas famílias”, afirma. A psicóloga Sofia Favero observa que a exclusão no ambiente escolar gera sofrimento e solidão entre crianças trans, que enfrentam dificuldades para serem reconhecidas em sua identidade.

Mobilização e Resistência

Coletivos como Mães pela Diversidade e Minha Criança Trans têm se mobilizado para apoiar famílias e promover a inclusão. Abreu destaca que a rede atua em audiências públicas e articulações políticas. “Levamos nossas histórias para o debate público porque nossos filhos existem e merecem viver com dignidade”, diz.

Jeronymo ressalta que as propostas legislativas são flagrantemente inconstitucionais, violando direitos fundamentais como liberdade de expressão e educação plural. A recusa em reconhecer a identidade de crianças trans afeta sua saúde mental, conforme aponta Favero, que observa que muitos profissionais de saúde adotam uma visão patologizante influenciada por discursos conservadores.

A Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ foi contatada para comentar sobre os projetos e seus impactos, mas não respondeu até a publicação deste texto.

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