Política

Espanha luta para remover símbolos franquistas de espaços públicos após 50 anos

Símbolos do franquismo ainda persistem na Espanha, mas iniciativas recentes buscam removê los, enfrentando resistência de nostálgicos e historiadores.

Itens de recordação do ditador espanhol Francisco Franco e do fundador da Falange, José Antonio Primo de Rivera, são vendidos em uma barraca no mercado de pulgas dominical "Rastro", em Madri. (Foto: Thomas COEX / AFP)

Itens de recordação do ditador espanhol Francisco Franco e do fundador da Falange, José Antonio Primo de Rivera, são vendidos em uma barraca no mercado de pulgas dominical "Rastro", em Madri. (Foto: Thomas COEX / AFP)

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Cinquenta anos após a morte de Francisco Franco, a Espanha ainda abriga mais de 6.000 símbolos que exaltam o regime franquista. Monumentos, estátuas e até estabelecimentos comerciais que homenageiam o ditador permanecem em várias cidades, gerando controvérsia. Eduardo España, cocriador do site "Deveria desaparecer", destaca que essa situação é inaceitável em um Estado democrático.

O 'Arco de la Victoria', em Madri, e o mausoléu do 'Vale de los Caídos' são exemplos emblemáticos. Construído na década de 1950, o arco celebra a vitória franquista na Guerra Civil (1936-1939) e é ignorado por muitos visitantes. España afirma que esses monumentos mantêm uma "ferida muito aberta" na sociedade espanhola.

Desde 2007, com a lei de "memória histórica", o governo tenta remover símbolos da ditadura. A iniciativa ganhou força em 2018, quando o governo de Pedro Sánchez exumou os restos de Franco do 'Vale de los Caídos'. Em 2022, uma nova lei de "memória democrática" foi aprovada, criando um registro de vítimas e pressionando municípios a eliminar símbolos franquistas.

Apesar dos avanços, a resistência persiste. Nostálgicos do regime, como Chen Xianwei, proprietário de um bar em Madri, defendem a permanência dos símbolos. Ele considera a lei de memória democrática uma "manipulação da história". Alguns historiadores também criticam a remoção, defendendo uma abordagem didática para entender o passado.

Eduardo España acredita que a história deve ser ensinada nas escolas, não em espaços públicos. A luta pela remoção dos símbolos franquistas continua, refletindo a complexidade da memória histórica na Espanha contemporânea.

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