26 de mai 2025
Rússia utiliza Brasil como base para espionagem com identidades falsas de agentes secretos
Brasil se torna ponto estratégico para espiões russos, com identidades falsas e operações clandestinas reveladas por investigação internacional.
Homem que trabalhou com Gerhard Daniel Campos Vittich admite surpresa com o fato dele ser um espião russo. (Foto: Reprodução)
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A Polícia Federal do Brasil investiga uma rede de espiões russos que operou no país com identidades falsas desde 2022. O jornal The New York Times revelou a identidade de nove desses agentes, incluindo Artem Shmyrev, que se passava por Gerhard Daniel Campos. Shmyrev mantinha uma empresa de impressão 3D no Rio de Janeiro, próximo ao Consulado dos Estados Unidos, e fugiu há três anos.
Os espiões russos, conhecidos como "ilegais", conseguiram apagar seus passados e criar novas identidades no Brasil. A investigação revelou que esses agentes usaram documentos forjados para obter passaportes brasileiros, facilitando suas operações. O esquema, que remonta aos anos 1980, foi descrito como uma "Fábrica de Espiões", onde diplomatas russos estavam envolvidos ativamente.
Sergey Cherkasov, outro espião, foi preso em 2022 ao tentar atuar no Tribunal Penal Internacional. Ele se apresentava como Victor Miller Ferreira e havia se infiltrado em círculos acadêmicos nos Estados Unidos. Cherkasov foi enviado de volta ao Brasil após a polícia holandesa receber informações sobre sua verdadeira identidade.
A investigação também revelou que os espiões utilizavam nomes de pessoas falecidas para criar documentos falsos. O caso de Shmyrev é emblemático, pois sua certidão de nascimento forjada indicava que ele era filho de uma mulher que nunca teve filhos. A Polícia Federal identificou outros espiões, como Aleksandr Utekhin, que se passava por joalheiro, e um casal que fugiu para Portugal.
Os investigadores, com apoio internacional, continuam a desmantelar essa rede de espionagem, que explorou brechas no sistema de registro civil brasileiro. A operação destaca como o Brasil se tornou um ponto estratégico para a inteligência russa.
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