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Aves resgatadas e intervenções em áreas protegidas no Parque da Água Branca

Parque da Água Branca enfrenta polêmica com intervenções que alteram sua estrutura e uso, gerando inquérito civil e preocupações ambientais.

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Prestes a completar 96 anos, o Parque da Água Branca, em São Paulo, tem enfrentado controvérsias desde a concessão à Reserva Parques em 2021. Com 2 milhões de visitantes no último ano, o espaço se tornou alvo de críticas devido a intervenções que alteram sua estrutura e uso.

Recentemente, a construção de uma churrascaria itinerante e as modificações para o evento Casacor geraram polêmica. Desde março, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental questiona as obras, alegando que a área tombada sofreu alterações não autorizadas. A Reserva Parques defende que as intervenções são reversíveis e que não houve alteração na fachada do espaço.

Um inquérito civil foi aberto e a Justiça determinou a paralisação das obras da churrascaria, que, segundo a concessionária, visam ampliar a oferta de alimentos no parque. A empresa afirma que as intervenções seguem os parâmetros legais e que aguarda nova reunião do conselho para a aprovação do projeto.

Polêmica com o Evento Casacor

O evento Casacor, iniciado em 27 de maio, também gerou controvérsias. Embora tenha autorização para revitalizar dois prédios tombados, conselheiros alertam que modificações em canteiros da Zona Especial de Proteção Ambiental não foram autorizadas. A retirada de serrapilheira e o plantio de espécies exóticas, como a palmeira-de-madagascar, preocupam especialistas sobre a integridade do ecossistema local.

A Reserva Parques, por sua vez, afirma que as intervenções foram realizadas com autorização e que não houve supressão de árvores nativas. A concessionária destaca que as plantas não nativas foram colocadas em vasos, evitando contato com o solo.

Impacto na Comunidade

Moradores próximos ao parque relatam que a rotina foi alterada com a concessão. O advogado Pedro Grzywacz Neto, residente em um prédio vizinho, menciona que caminhões operam durante a madrugada, causando incômodo. Ele expressa preocupação com a transformação do parque em um espaço voltado para eventos, em detrimento de sua função original como área de lazer.

A Reserva Parques afirma que está comprometida em minimizar os transtornos e que o número de visitantes tem crescido. No entanto, a percepção de moradores é de que o parque perdeu sua essência, com a redução de animais e o fechamento de espaços como o Museu de Geologia e o aquário. A concessionária promete revitalizar essas áreas até seis anos após a concessão.

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