28 de mai 2025

Caiado critica PEC da Segurança como apoio às facções criminosas no Brasil
Governador de Goiás critica PEC da Segurança Pública, alegando que proposta favorece facções criminosas e sobrecarrega a Polícia Federal.
Foto:Reprodução
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou a PEC da Segurança Pública proposta pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, durante uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 28. Caiado afirmou que a proposta, se aprovada, beneficiará facções criminosas ao transferir o combate a elas para a Polícia Federal, que ele considera desestruturada e sem recursos.
O governador destacou que a PEC concentra o combate ao crime organizado na Polícia Federal, afirmando que isso permitirá que grupos como o PCC e o Comando Vermelho atuem sem medo. “Essa PEC vai liberar vocês total. Aprove a PEC, tire poder dos estados, dos governadores, da Polícia Militar, da Polícia Civil. Isso é o maior presente que pode se dar às facções no país”, declarou.
Caiado também apontou a falta de estrutura da Polícia Federal, mencionando que Goiás conta com apenas 43 delegados e 138 agentes para lidar com mais de 63 mil colecionadores, atiradores e caçadores (CACs). Ele criticou a recente decisão do governo federal de transferir a responsabilidade sobre os CACs da Força Nacional para a PF, ressaltando que a corporação está sobrecarregada e sem efetivo suficiente.
Resposta do Ministro
Em resposta às críticas, Ricardo Lewandowski defendeu a PEC, afirmando que seu objetivo é fortalecer o combate ao crime organizado por meio da integração das forças de segurança. Segundo ele, a proposta busca estabelecer diretrizes nacionais e constitucionalizar o Fundo Nacional da Segurança Pública. Lewandowski comparou a medida ao funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), ressaltando que a autonomia dos estados não deve ser um impedimento para a implementação de políticas eficazes de segurança.
O ministro enfatizou que a proposta foi discutida com diversos governadores e que a colaboração entre os níveis de governo é essencial para enfrentar as mazelas do crime organizado de forma sistemática e holística.
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