29 de mai 2025
A ascensão da extrema direita reflete falhas na política contemporânea e na comunicação social
A ascensão da extrema direita se alimenta do silêncio dos adversários e do tecnosolucionismo, desafiando a democracia.
Foto: Reprodução
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A ascensão da extrema direita na política contemporânea tem gerado debates sobre a despolitização e a ineficácia dos partidos tradicionais. O autor argumenta que esse fenômeno se alimenta do silêncio e da apatia dos demais, além de explorar a desnaturalização da democracia e a retórica sobre imigração.
A extrema direita conquistou espaço político significativo, não por sua capacidade estratégica, mas pela desídia dos outros atores políticos. O autor destaca que o silêncio dos extremistas favorece sua imagem, enquanto a atenção da mídia se concentra em suas provocações. Essa dinâmica cria uma paradoxo: quando a extrema direita se mantém em silêncio, sua popularidade aumenta.
A retórica sobre imigração é um dos principais terrenos onde a extrema direita se beneficia. Ao apresentar a imigração como um "problema", a narrativa ignora as complexidades sociais internas e reforça a ideia de que a insegurança provém do exterior. Essa abordagem tem convencido parte das classes médias de que os migrantes são os responsáveis por seu mal-estar, desviando a atenção das verdadeiras causas econômicas.
Desafios da Democracia
O autor também critica o tecnosolucionismo, que desafia os valores democráticos. Essa ideologia promove soluções rápidas e pragmáticas, desprezando os procedimentos democráticos e a reflexão crítica. O espaço público, dominado por narrativas catastrofistas, prepara o terreno para formas de governo autoritárias, que prometem eficiência em detrimento da deliberação.
A política contemporânea enfrenta um dilema: a rapidez das decisões tecnológicas contrasta com a lentidão dos processos democráticos. Essa situação gera um ambiente onde o autoritarismo se torna atraente, especialmente em um cenário onde a eficácia é mais valorizada do que a participação cidadã. O autoritarismo tecnológico, portanto, se apresenta como uma solução para a burocracia, mas à custa da democracia e da inclusão social.
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